Há duas semanas atrás comentei aqui, e ontem, aqui , sobre o mesmo tema: a acumulação de riqueza na Ásia e a crescente participação dos investidores, japoneses e chineses (e a China é ainda governada por um sistema formalmente comunista, supostamente igualitário) no muito restrito grupo de investidores em obras de arte que atingem em leilões cotações galácticas.
Hoje retiro do Financial Times a notícia, aqui, dos resultados do leilão de primavera da Soteby´s, em Nova Iorque, onde três dos cinco lotes de topo foram arrematados por compradores asiáticos, que despenderam um terço do valor total de 368,3 milhões de dólares atingido pelas vendas realizadas.
Um investidor asiático não identificado desembolsou 61,3 milhões de dólares na aquisição de “L’Allée des Alyscamps”(1988) de Van Gogh, uma obra que tinha sido transaccionada em 2003 por 11,8 milhões de dólares, e que agora atingiu o valor recorde deste leilão. Em Novembro de 2014, Wang Zhongjun, um produtor cinematográfico chinês adquiriu, também de Van Gogh, “Still Life, Vase with Daisies and Poppies”, por 61,8 milhões de dólares, bem acima da estimativa de 50 milhões anotada aqui.
"Still life, Vase of Daisies and Poppies" (1890)
Van Gogh
61,8 milhões
Assim vão os negócios da China.
Que não envolvem apenas, e apenas em Portugal, a EDP, a Fidelidade, a REN, a Luz Saúde (antes, Espírito Santo Saúde), e, provavelmente, o Novo Banco. Para já.
Tudo à custa de muito trabalho chinês. Quem duvida?
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