Tenho anotado neste caderno vários apontamentos sobre o crescimento exponencial dos preços de obras de arte de autores que o génio ou as circunstâncias elevaram aos píncaros da fama e do proveito. Proveito que em muitos casos escapou ao artistas e caiu em mãos abonadas e suficientemente hábeis para abanar os espíritos especulativos e multiplicar ganhos à moda de rei Midas. Mas se a especulação, por um lado, requer engenho e risco, por outro, sustenta-se com dinheiro e, quanto mais dinheiro mais cresce a especulação.
Sete anos depois da erupção da crise das subprime nos EUA, que alastrou e detonou crises de ordem diversa na Europa, nem se barraram as forças que fermentaram a crise nem se desanimaram os especuladores nem se esbateram as desigualdades sociais, pelo contrário, a acumulação da riqueza num número relativamente reduzido de indivíduos. Mas se a acumulação da riqueza se reflecte também na espiral de preços das obras de artistas consagrados mundialmente, a febre especuladora bilionária contagiou outros jogadores menos abonados com obras de artistas desconhecidos ou quase desconhecidos.
A este propósito publicou aqui o El País, anteontem, um artigo - A Idade do Ouro da especulação em arte - que merece uma leitura. A especulação não é fatalmente uma degenerescência dos mercados e pode ser até um dinamizador económico. Nos mercados da arte a especulação espevita o interesse do público pela criação artística a benefício dos autores em geral.
A este propósito publicou aqui o El País, anteontem, um artigo - A Idade do Ouro da especulação em arte - que merece uma leitura. A especulação não é fatalmente uma degenerescência dos mercados e pode ser até um dinamizador económico. Nos mercados da arte a especulação espevita o interesse do público pela criação artística a benefício dos autores em geral.
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