As sondagens apontavam para um empate técnico entre conservadores e trabalhistas.
Mas as sondagens, que resultam da extrapolação de resultados globais quando o sistema eleitoral é uninominal e o tradicional bipartidarismo inglês observou novas fracturas, erraram redondamente, e David Cameron pode conseguir a maioria absoluta que lhe permitirá governar sem coligação. A factura do descontentamento foi paga pelos liberais democratas, parceiros da coligação que governou o reino durante os anos da crise.
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Uma situação de que, aqui em Portugal, o partido de Paulo Portas se abrigou com o recente acordo de continuidade da coligação nas próximas legislativas. Sem esse acordo, o CDS/PP correria o risco de quase desaparecer de São Bento na próxima legislatura.
Voltando ao Reino Unido, todos os observadores são unânimes em realçar, para além da inesperadamente expressiva vitória de Cameron, o quase domínio absoluto dos nacionalistas escoceses no seu território, o que permite supor que a questão da independência da Escócia não ficou, sequer temporariamente, resolvida com o recente referendo, e que a unidade do reino britânico continua ameaçada. Se esta eventual fragmentação animar outros nacionalismos na Ilha Grande, e se concretizar no referendo prometido por Cameron o afastamento do Reino (ainda) Unido da União Europeia, o reino britânico tenderá a ser, no futuro, o reino de Inglaterra e dos EUA.
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