Até pode acontecer que a Grécia, como alguns prevêem, e outros recomendam, seja obrigada a sair do euro, e, eventualmente, da União Europeia. Nos comentários que o caso grego me tem suscitado, e que já se contam por muitas dezenas, tenho sempre apostado que a Grécia vai continuar a ser membro da União Europeia e da Zona Euro, enquanto houver União Europeia. Por uma única, mas muito decisiva razão: a Grécia, pela sua posição geoestratégica, seria mais problemática para os europeus fora do que dentro da UE. Sair do euro, mantendo-se na UE, tem um preço que os gregos não podem pagar. A menos que alguém pague por eles.
Com Tsipras na chefia do governo de Atenas, a questão das reparações de guerra voltou a entrar nas discussões sobre a resolução do problema da dívida pública grega. De Berlim, a reacção foi negativa. Mas este fim-de-semana, a uma semana do 70º. aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial o presidente alemão, Joachim Gauck, e a
chanceler Angela Merkel declararam - cf., aqui, aqui, aqui -,
"A Alemanha não deve ignorar o seu passado nazi e deve estar aberta à hipótese de pagar as reparações de guerra exigidas pelos gregos"
Como diria o Caricas : "Isto está a compor-se".
1 comment:
Se um dia os portugas pedirmos indemnisaçãos aos franceses por causa do sacana do maneta do Junot, não vamos usar o dinheiro para gastar no BES.
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