O Expresso desta semana publica um anúncio de auto promoção, de uma página inteira, exibindo quatro figuras públicas um exemplar do semanário. O mesmo anúncio foi colocado em outdoors, na vizinhança de outros colocados para promover candidatos a cargos políticos ou a convocar para a greve geral de 11 de Novembro, de tudo resultando uma combinação de poluição do ambiente que, incompreensivelmente, ou talvez não, não desperta a atenção dos movimentos ecologistas.
Mas é, sobretudo, a adesão de Mário Soares a esta campanha que me suscitou este apontamento. Há cargos políticos, e o da Presidência da República é um deles, que exigem dos seus titulares uma reserva cívica que não se espera de um banqueiro bem sucedido, de uma fadista celebrada ou de um cómico do dia.
Quanto cobrou Mário Soares pelo boneco? Precisava?
Não há almoços grátis, Mário.
3 comments:
Só agora descobriu que o dito não tem estofo a não ser para o dinheiro?
Dos outros, de preferência.
Poder politica e publicamente concordar e discordar são a essência da democracia.Já Pirandelo escreveu que «para cada um a sua verdade».Assim cada qual com a sua nos vamos consolando e até envaidecendo.E parafraseando Fidel «a História nos julgará»(nem sempre justamente, parece-me a mim).O que a História não registará, seguramente,é que M. Soares só tinha estofo para o dinheiro.Ele que até confundia milhares com milhões.Sem ofensa, o aqui apreciado António cheira-me a retornado.Ele lá terá as suas razões!
Não retornei de lado nenhum. Ao
contrário do dito cujo, que chegou cá com um fato emprestado e viagem paga pelos conterrâneos parisiens.
Ao recambiarem-no para cá, livraram-se do maior "crava" que por lá andou.
Muitos e caros vícios, para tão pouca carteira.
Mas isso não convém que fique na história.
Se saísse em livro, mandava-se comprar a edição toda e dar umas palavrinhas ao editor, à gráfica, etc.
Os podres não são mencionados. Só os bocados bons.
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