Thursday, April 23, 2009

DISCORDÂNCIA PÚBLICA

Haver ou não haver orçamento rectificativo é uma questão de tempo imposta pelo calendário das eleições. Se as circunstâncias não tornarem inadiável a rectificação do OE antes das legislativas, o Governo que delas resultar não terá qualquer hipótese de lhe escapar. Porque o problema não será a dimensão do défice, assunto menor em tempos de recessão, mas a dimensão do crescimento da dívida pública. Alguém terá de a pagar, e a nossa não a pagarão os turcos, com certeza.
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O Governador do Banco de Portugal entendeu que lhe competia suportar a posição do Governo e pronunciou-se pela não necessidade de um orçamento rectificativo, pretendido pela Oposição. E porquê? Porque a despesa está controlada (afiançaram, ontem, o Primeiro Ministro e o Ministro das Finanças), os desvios observados e projectados ficam do lado das receitas, e assim sendo o rectificativo do orçamento não tem cabimento.
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Independentemente do juízo que se possa fazer acerca da pertinência da estratégia vislumbrada pelo Ministro da Economia, é nítida a discordância entre a sua estratégia expansionista da despesa pública e a contenção dentro dos limites orçamentais aprovados ainda ontem garantida pelo Governo na AR, estando presente o Ministro da Economia. Ainda que MPinho subordine a sua proposta à coordenação "entre os vários países" é estranha a discordância pública observada de um dia para o outro.
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Claro que teremos orçamento rectificativo e rectificação dos impostos. Antes ou depois das legislativas.

2 comments:

A Chata said...

"a estratégia para fazer face à pior crise desde 1929 ..."

Será que ainda não se lembraram de olhar para estes dados:

Estimated world population at various dates (in thousands)

1900 1,650,000
1950 2,518,629

Jul. 1, 2008 6,706,993

A população envolvida é um 'nadinha' mais numerosa não será?

Comparações com qualquer crise anterior deveriam levar isso em linha de conta, digo eu.

Mais despesa publica até quando e até quanto.
Tendo em conta que cada vez há mais empresas fechadas logo, mais desemprego logo, menos consumo logo, mais empresas fechadas logo, mais desemprego, logo menos receitas dos impostos o dinheiro para despesa publica vem de quê?

De mais emprestimos?

Isto acaba como?

A solução inglesa de aumentar os impostos para os mais ricos para 50% tambem não me parece que vá resultar.
Por um lado, os mais ricos são poucos e por outro lado, facilmente levam o dinheiro (se não o tiveram já lá) para paraísos fiscais.

Precisamos de uma ideia revolucionária já.
Querer manter o que existiu já não é viável e seria bom que acordássemos de vez.

Talvez tenhamos que 'dar um passo atrás' e voltar às actividades primárias, sem parar por completo com o desenvolvimento tecnológico e a investigação mas, dirigindo-o para assuntos mais úteis do que o estudo da sexualidade como vão fazer agora na Universidade de Aveiro.

A agricultura, a pesca, a produção de água potável que é aquilo que vai fazer mais falta nos proximos tempos.

E deixarmo-nos de incentivar o aumento de população.
A Austrália já está pensar nisso.

Green group calls for one child policy
April 21, 2009
AUSTRALIA should consider having a one-child policy to protect the planet, an environmental lobby group says.
Sustainable Population Australia says slashing the world's population is the only way to avoid "environmental suicide''.
National president Sandra Kanck wants Australia's population of almost 22 million reduced to seven million to tackle climate change.
...
http://www.theaustralian.news.com.au/story/0,25197,25366021-26103,00.html

A Chata said...

Ao que isto chegou!

Já é necessário alertar as empresas para o facto de que jogos cujo objectivo é matar bébés ao safanão não é uma ideia aceitável.

Apple withdraws 'horrific' Baby Shaker iPhone application

Apple has withdrawn a game that encourages people to shake a baby to death from its iPhone application store.

By Rupert Neate
Last Updated: 1:19PM BST 23 Apr 2009
The San Franciso-based firm pulled the Baby Shaker application after parenting organisations branded the game horrific.
The game shows a cartoon of a crying baby which becomes less animated as players shake their phone until red crosses appear over the baby's eyes indicating it is dead.
Jetta Bernier, executive director of Massachusetts Citizens for Children, said: "I am disheartened that with this new application Apple is encouraging frustrated adults to shake infants, not only to end their crying, but to end their lives.
...
Text displayed next to the application in the iTunes store reads: "On a plane, on the bus, in a theatre. Babies are everywhere you don't want them to be! They're always distracting you from preparing for that big presentation at work with their incessant crying. Before Baby Shaker there was nothing you could do about it."
It adds the disclaimer: "Never, never shake a baby."
The application created by Sikilasoft, first went on sale on Monday.
...
Apple has recently relaxed its rules on applications in the App Store. Bans on applications which made noises simulating breaking wind and allowed users to jiggle womens breasts have been lifted.

http://www.telegraph.co.uk/scienceandtechnology/technology/apple/5207287/Apple-withdraws-horrific-Baby-Shaker-iPhone-application.html