A propósito da resposta dada ontem por Silva Lopes no programa Negócios da Semana, na Sic Notícias em que participava também Jacinto Nunes, à pergunta de J Gomes Ferreira: Como é que pode encontrar-se o consenso pós eleitoral necessário para a formação de um governo com apoio parlamentar maioritário alargado se os líderes dos principais partidos não parecem entender-se?
Silva Lopes - O Presidente da República tem especiais responsabilidades para forçar a formação desse governo, que pode ser chefiado por outra personalidade. Se o não conseguir deve denunciar publicamente o responsável ou os responsáveis pela obstrução.
A propósito, escrevi aqui em 1 de Fevereiro de 2010:
"Não há, então, nada a fazer? Há.
O senhor Presidente da República tem uma faculdade que lhe permite e, do meu ponto de vista, o obriga, no actual quadro partidário, e na situação crítica em que o País se encontra, de promover o consenso acerca dos objectivos nacionais e dos caminhos a percorrer para os atingir de forma politicamente sustentada. Na próxima Quinta-Feira não deve deixar passar essa oportunidade. Porque essa é a ocasião que dá sentido à existência de um Presidente eleito por sufrágio directo, e de um Conselho de Estado, onde os interesses partidários se devem diluir nos interesses do País. Se o não conseguir, deve informar o País porquê."
e a 17 de Outubro de 2010, aqui
TALVEZ, OUTRA SAÍDA
"O constitucionalista Jorge Miranda disse hoje, em Ferreira do Zêzere, que, caso o Orçamento do Estado para 2011 não seja aprovado, o Presidente da República deve tentar que se forme um Governo de coligação...
...“Já deviam ter feito isso há um ano. Perdemos um ano”, afirmou, sublinhando que o que resultou das eleições de Setembro de 2009 acabou por ser um “Governo muitíssimo fraco em muitos aspectos”.
Luis Amado seria, seguramente, nas circunstâncias políticas actuais, que não consentem nem recomendam eleições gerais, que aliás se ocorressem não alterariam sensivelmente o arco parlamentar actual, seguramente um PM com características de apaziguamento e negociação que a situação altamente crítica requer e que, de modo algum, o actual possui."
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