Passos Coelho pedia ontem aos eleitores o voto dos ainda indecisos para uma maioria clara para governar sem a necessidade de um pau de cabeleira (sic).
Para lá do mote para os remoques de ridicularização futura que este tipo de expressões garante, Passos Coelho parece esquecer-se que os indecisos não decidem maiorias claras, e muito menos absolutas, podem, quanto muito, decidir maiorias relativas. Mas ainda que o PSD consiga o cada vez mais improvável - obter uma maioria clara, ou mesmo absoluta - seria desastroso para o país, e para o próprio PSD, que o próximo governo não fosse amplamente abrangente e consensual na execução dos compromissos assumidos pelo trio partidário que subscreveu o protocolo administrado pela comissão tripartida.
O que é que pretende Passos Coelho? Imitar a obesessiva autosuficiência de Sócrates? Tem Passos Coelho consciência do esburacado e escorregadio caminho por onde somos obrigados a passar?
Se, como é muito provável, os resultados das eleições não proporcionarem ao PSD, ou ao PS, uma maioria clara e as circunstâncias, o bom senso e os interesses do país exigirem a formação de um governo maioritário pluripartidário, como pretende Passos Coelho chefiar esse governo se ganhar ou participar nele se não ganhar?
Aos indecisos a quem Passos Coelho se dirige não convence, seguramente, o argumento da maioria clara. A indecisão decorre, precisamente, das dúvidas que assaltam os indecisos acerca do modo como vai ser governado este país a partir de Julho. Porque só os fiéis acreditam quase incondicionalmente nos seus líderes partidários. Os outros, aqueles que vagueiam no centro entre um campo e o outro, querem ideias claras que lhes mereça os votos.
Nas actuais circunstâncias, o pedido aos indecisos de uma maioria clara é uma ideia obscura que vai em sentido contrário do sentimento geral de que Portugal precisa de um governo com uma base de apoio maioritário e pluripardidário.
O que é uma maioria clara? Uma maioria absoluta? Se é disso que se trata Pedro confunde os indecisos. Se não é, se for chamado a chefiar o governo sem dispor de uma maioria absoluta, terá forçosamente de chamar, pelo menos, Paulo ao governo.
Um bom jogador é aquele que joga de modo a colocar-se na melhor posição possível para a próxima jogada. Passos Coelho parece continuar apostado em perder o jogo.
Se, como é muito provável, os resultados das eleições não proporcionarem ao PSD, ou ao PS, uma maioria clara e as circunstâncias, o bom senso e os interesses do país exigirem a formação de um governo maioritário pluripartidário, como pretende Passos Coelho chefiar esse governo se ganhar ou participar nele se não ganhar?
Aos indecisos a quem Passos Coelho se dirige não convence, seguramente, o argumento da maioria clara. A indecisão decorre, precisamente, das dúvidas que assaltam os indecisos acerca do modo como vai ser governado este país a partir de Julho. Porque só os fiéis acreditam quase incondicionalmente nos seus líderes partidários. Os outros, aqueles que vagueiam no centro entre um campo e o outro, querem ideias claras que lhes mereça os votos.
Nas actuais circunstâncias, o pedido aos indecisos de uma maioria clara é uma ideia obscura que vai em sentido contrário do sentimento geral de que Portugal precisa de um governo com uma base de apoio maioritário e pluripardidário.
O que é uma maioria clara? Uma maioria absoluta? Se é disso que se trata Pedro confunde os indecisos. Se não é, se for chamado a chefiar o governo sem dispor de uma maioria absoluta, terá forçosamente de chamar, pelo menos, Paulo ao governo.
Um bom jogador é aquele que joga de modo a colocar-se na melhor posição possível para a próxima jogada. Passos Coelho parece continuar apostado em perder o jogo.
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