Precisa de factura?
Continua a ouvir-se ao empregado do restaurante, ao prestador de pequenos serviços, e a vários outros muito menos pequenos.
Se a taxa máxima do IVA vier a ser aplicada aos restaurantes, a evasão subirá proporcionalmente.
Não seria mais fiscalmente eficiente o alargamento da base incidência através de uma mais eficaz fiscalização do cumprimento das taxas actuais?
Bastava imitar as melhores práticas observadas na generalidade dos países economicamente mais desenvolvidos. A complacência com a economia paralela, seja ela micro ou em larga escala, não é apenas equitativamente injusta porque é um dos factores mais preponderantes do nosso atraso económico e social.
Somos todos culpados, porque todos, de uma forma ou de outra, contemporizamos, aproveitamos, somos coniventes. Mas não é com tiradas morais que o problema se resolve.
Eu não tenho que pedir ou exigir factura. A ninguém deveria ser consentido não a emitir sob pena de ser surpreendido pelas autoridades fiscais e punido de forma exemplar.
Enquanto persistir este laxismo fiscal generalizado, a indiferença e a conivência que habita na falta da nossa consciência cívica colectiva não mudarão de rumo.
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