Monday, May 16, 2011

PELO PAÍS

Estando os palpites isentos de impostos, a três semanas das eleições legislativas ocorreu-me prognosticar a situação política do país no rescaldo do conhecimento dos resultados:

O PSD conseguiu voltar a perder as eleições para um PS que, muito claramente, não tirou o país da estagnação económica em que o país se encontra há mais de uma década, e abriu, com a conivência gananciosa da banca, as comportas do endividamento público e privado para níveis asfixiantes. Palpita-me que não irá além dos 31%. Passos Coelho abandonará a liderança afiançando que não está arrependido de ter dito a verdade aos portugueses porque as suas propostas foram feitas "pelo país" que, como afirmava Sá Carneiro, estará sempre à frente dos interesses do partido.
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Paulo Portas, depois de ter mandado Sócrates para casa na AR, e repetido, no frente-a-frente televisivo,  que não governará com ele, mudará de ideias "pelo país". Atingirá os 15%, pelo menos.  

O PCP, contou com o costume, em erosão: 9%, incondicionalmente fiéis, os únicos que votaram por uma política patriótica de esquerda, pelo país e pelas classes trabalhadoras.

O BE caiu para o seu patamar normal: 7%, tantos quantos os que ainda sobram para acreditar numa ampla maioria de esquerda para governar o país.

O PS, isto é, Sócrates conseguiu o inacreditável: 38%. 

O PR chama Sócrates para formar novo governo. Sócrates, pelo país, precisa de alguém para dançar o tango, e convida Portas. Portas fecha-se em copas, responde que vai pensar para não dar uma resposta de que depois se venha a arrepender. Após três dias de suspense aparente, durante os quais se discutem condições nos bastidores, Portas aceita, será ministro de estado, acumulando com a pasta dos negócios estrangeiros. Dos quinze ministérios, o CDS apanhará mais três e aceitará, com grande relutância, que Bazílio Horta tome conta da pasta da Economia.  Vieira da Silva passará para as Finanças.

A partir de 10 de Junho veja as cenas dos próximos capítulos num televisor perto de si.

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