Voltei ao departamento para saber do andamento do processo do artesiano.
Lá continuava o segurança privado à entrada a controlar as raras entradas e saídas. Segui, directamente, para o serviço de atendimento público. Uma funcionária lia uma revista de fofoquices sociais. Quando levantou a cabeça arrumou a revista numa das gavetas da secretária. À frente dela, uma placa: "Atendimento público" .
- Bom dia!
- Diga!
- Entreguei aqui este processo no dia 20 do mês passado. Gostava saber se já foi despachado.
- Ah! Esse é um serviço da minha colega.
- Muito bem, e onde está ela?
- Saiu por uns momentos. Mas volta dentro de minutos.
Esperei cinco minutos. A colega, uma empregada de uma empresa particular de segurança, fardada, atendeu-me, simpaticamente, e num instante. O processo ainda não foi despachado.
Talvez já tivesse sido se os funcionários incumbidos da análise dos processos fossem seguranças privados. Não?
2 comments:
Rui,já te contei o meu expediente que deu resultado imediato.Como não concordas com ele(e bem)lembro-te que é obrigatório haver livro de reclamações nos organismos públicos,que até funciona.É que de privatização em privatização qualquer dia privatizamos as casas de banho públicas para não sujar o Estado!!!
Francisco,
Neste caso trata-se de privatização segura.
Qaunto ao livro de reclamações, não havia que reclamar: quem me atendeu, a empregada da segurança privada, foi impecável. Eficiente e simpática.
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