“Quem não é por nós é contra nós”, pensam os fanáticos.
A tolerância é uma das vigas que assentam sobre os pilares da democracia. A democracia não subsiste sem a prevalência da tolerância, isto é, o respeito pelas opiniões contrárias e a discussão serena das diferenças. Frequentemente, contudo, o que reina é o insulto e o golpe baixo.
A história está repleta de exemplos de intolerância religiosa, política e, mais recentemente, desportiva.
A quem pertence a um clube não importa se o “seu clube” joga bem ou mal, importa sim que o “seu clube” ganhe. Todos os outros jogam mal e, mesmo se jogarem assim-assim porque nunca jogarão como deve ser, devem perder. Aquele que gosta do desporto pelo espectáculo em si e não pelas camisolas é uma aberração.
A intolerância religiosa foi, e continua a ser, a causa de enormes atrocidades.
A intolerância política não concebe ninguém fora dos clubes, sem palas nem cabrestos. Um homem livre será sempre um suspeito.
5 de Dezembro de 2005, aqui
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