(Editado a 12 de Maio. Deslocado em consequência de avaria no blogger nesse dia)
A concorrência é benéfica para os consumidores?
Nem sempre. Algumas excepções confirmam a regra. De entre essas, a demagogia é, provavelmente, uma das que mais perversamente a subverte. Da concorrência entre propostas demagógicas resultam lesões para a democracia e ilusões para os eleitores.
Ontem, Sócrates e Louçã encontraram-se num dos frente-a-frente televisivos onde os políticos são colocados na arena para, como galos de combate, saltar por cima do adversário para lhe derrubar a crista em esgrima de esporões, excitando-se a assistência com as agressões sem olhar aos argumentos. Nestes combates partidários a arma escolhida é a demagogia.
Um dos assaltos mais excitantes da noite andou à volta da reestruturação da dívida, que Louçã pretende que seja imposta aos credores, dilatando prazos de pagamento e reduzindo os juros, contrapondo Sócrates que a proposta de Louçã era irresponsável, e que, se fosse seguida, nos marcaria irremediavelmente como caloteiros.
Ambos sabem que i) muito dificilmente Portugal (e a Grécia, e a Irlanda, e ... ) poderá escapar a uma reestruturação da dívida e o nível de juros ainda exigidos pelos credores decorre, em grande parte, da avaliação desse risco, mas ii) uma reestruturação, se vier a acontecer, não pode deixar ser negociada com os credores. A ajuda externa actualmente em fase final de decisão (sem que nem o governo, incumbido de liderar as discussões com a troica, nem os outros dois partidos subscritores do memorando tenham discutido as taxas de juros!) é apenas o intermezzo que antecede o programa principal.
Sócrates atrasou-se, teimosamente, a pedir ajuda externa e com essa teimosia prejudicou objectivamente os contribuintes portugueses em largos milhões de euros. A União Europeia continua, por razões de interesses partidários dos seus líderes, a atrasar a adopção de medidas sem as quais não se salva a União e muito menos o euro. Não se tratam grandes males com paliativos
A concorrência é benéfica para os consumidores?
Nem sempre. Algumas excepções confirmam a regra. De entre essas, a demagogia é, provavelmente, uma das que mais perversamente a subverte. Da concorrência entre propostas demagógicas resultam lesões para a democracia e ilusões para os eleitores.
Ontem, Sócrates e Louçã encontraram-se num dos frente-a-frente televisivos onde os políticos são colocados na arena para, como galos de combate, saltar por cima do adversário para lhe derrubar a crista em esgrima de esporões, excitando-se a assistência com as agressões sem olhar aos argumentos. Nestes combates partidários a arma escolhida é a demagogia.
Um dos assaltos mais excitantes da noite andou à volta da reestruturação da dívida, que Louçã pretende que seja imposta aos credores, dilatando prazos de pagamento e reduzindo os juros, contrapondo Sócrates que a proposta de Louçã era irresponsável, e que, se fosse seguida, nos marcaria irremediavelmente como caloteiros.
Ambos sabem que i) muito dificilmente Portugal (e a Grécia, e a Irlanda, e ... ) poderá escapar a uma reestruturação da dívida e o nível de juros ainda exigidos pelos credores decorre, em grande parte, da avaliação desse risco, mas ii) uma reestruturação, se vier a acontecer, não pode deixar ser negociada com os credores. A ajuda externa actualmente em fase final de decisão (sem que nem o governo, incumbido de liderar as discussões com a troica, nem os outros dois partidos subscritores do memorando tenham discutido as taxas de juros!) é apenas o intermezzo que antecede o programa principal.
Sócrates atrasou-se, teimosamente, a pedir ajuda externa e com essa teimosia prejudicou objectivamente os contribuintes portugueses em largos milhões de euros. A União Europeia continua, por razões de interesses partidários dos seus líderes, a atrasar a adopção de medidas sem as quais não se salva a União e muito menos o euro. Não se tratam grandes males com paliativos
1 comment:
Sócrates atrasou-se teimosamente a pedir ajuda externa....e... a oposição irresponsável e sedenta de um lugar no poleiro tratou de mandar o governo ao tapete, isto tudo com a ajuda do presidente da república. Os juros estavam a 6% e passaram para 12%, veio o FMI, as eleições não vão alterar nada e Sócrates vai ganha-las novamente porque no PSD reina uma grande confusão, não tem líder e o adjunto diz uma coisa de manhã e outra á tarde e agora fala em pinte...!Vai tudo ficar na mesma e a irresponsabilidade do Pedro arrepia, não quer coligações com o PS....e agora só faltava o Duque para dizer que juros a 6% são baixos!...Tenham dó e tratem de internar esta gente toda!Mas que reformas faz o PSD se até aqui votou sempre contra todas!
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