Tuesday, October 18, 2011

ESQUEÇAM

Esqueçam o subsídio de férias e o subsídio de Natal os funcionários públicos e os pensionistas que foram obrigados a confiar os descontos durante a sua vida profissional ao Estado. Não voltarão mais.
Alguém pode acreditar que, passados os dois anos de vigência do acordo com a troica (em itálico, porque o ministro das finanças resguardou-se com esta premissa provisória) o governo tenha margem para repor aquilo que significaria um aumento de cerca de 17%! após esse período de emagrecimento? Esqueçam.

E os outros?
Os que continuarão a contar com, pelo menos 14 meses de ordenados? 
Haverá dois grupos: Um, das empresas em dificuldades ou a dizerem-se como tal, que vão imitar o governo e cortar os subsídios*; Outro, das empresas rentáveis (nomeadamente, os monopólios de facto), que vão acordar com os seus colaboradores a extinção dos subsídios dividindo as remunerações anuais por 12 de modo a evitar a comparação e prevenir consequências negativas futuras.

Curiosidades:
Os pensionistas oriundos do sector privado, compulsoriamente integrados na segurança social gerida pelo Estado, continuarão a ver calculadas as suas pensões numa base anual dividida em 14 prestações, duas das quais ridiculamente designadas  por subsídio de férias (a reformados!!!) e subsídio de Natal mas que só receberão 12.
Os pensionistas protegidos por sistemas especiais de segurança social (nomeadamente a maioria dos bancários) que verão mantidas intocáveis as suas pensões.
E, além deles, segundo notícia hoje divulgada pela Antena 1, as subvenções atribuidas a personalidades a quem foram atribuidas subvenções decorrentes do exercício de cargos públicos. 

Não se esqueçam.
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Act. Um efeito adicional da discriminação de sacrifícios entre sector público e sector privado poderá ser a desmobilização dos trabalhadores das empresas com privatização anunciada contra essa mesma privatização. Com efeito, o patrão Estado está ser pior patrão que os patrões privados.
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Act. 19/10 -
Miguel Beleza: Corte dos subsídios vai estender-se a grande parte do privado.
aqui

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