Ouço comentadores de todos os quadrantes a discorrer sobre as desgraças que se abateram sobre este País, e o tempo que levámos a dar conta que elas pairavam sobre nós, e a tentarem descortinar saídas do labirinto porque os (ao que parece) inevitáveis castigos previstos não permitem, antes pelo contrário, vislumbrar qualquer luz ao fundo.
E volto, mais uma vez, a perguntar-me: E o ouro? Por que é que ninguém fala do ouro?
Há impedimentos para a sua venda, já se sabe. Mas por que é que não é negociada a sua transferência para o BCE sem passagem pelo mercado?
Vale pouco?
Vale muito. Vale mais que os 12 mil milhões previstos no acordo com a troica para a recapitalização dos bancos e que, às cotações em bolsa actuais, poderiam comprá-los todos.
Faz algum sentido que um país afogado em dívidas continue com reservas em ouro tão (relativamente) elevadas?
Ocorre-me sempre a mesma imagem: A dos imigrantes de leste a esmolarem em Lisboa exibindo um sorriso de dentadura dourada.
Ou será que já o levaram e não me disseram nada?
Ou será que já o levaram e não me disseram nada?
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