Hugo Chávez passa hoje por Lisboa para dar a benção ao contrato de fornecimento de petróleo e gás que vai ser assinado com a Galp e dar dois dedos de conversa com Sócrates. Não é previsível que, por maior que seja o engenho do PM português, Chávez deixe de resmungar contra Don Juan nos próximos tempos.
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Porque Chávez tem trunfos fora da manga e, já se sabe, é com trunfos que, primordialmente, se ganham os jogos. Fora da manga não há bluff e, neste caso, o adversário só pode tentar perder o menos possível. É por estas e outras razões que não é possível calá-lo. A ele ou a outro que salte para o lugar dele se ele for desbancado sem pré-aviso.
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A propósito, transcrevo do Blasfémias
Na cimeira da OPEP (Chávez) disse o seguinte:
"El imperio del dólar cuando caiga va a sacudir el mundo. EEUU compró a medio mundo con papeles que no tienen sustento, tiene una deuda impagable, que es el déficit fiscal más grande de la historia. La caída del dólar no es del dólar sino del imperio, hay que prepararse para eso (¿) nosotros nos estamos preparando".
"El imperio del dólar cuando caiga va a sacudir el mundo. EEUU compró a medio mundo con papeles que no tienen sustento, tiene una deuda impagable, que es el déficit fiscal más grande de la historia. La caída del dólar no es del dólar sino del imperio, hay que prepararse para eso (¿) nosotros nos estamos preparando".
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E no entanto, Chávez mantém o bolívar venezuelano indexado ao dólar.
Ao dólar e não ao euro.
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Comentei:
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A indexação ao dólar poderá ter como razão principal a redução do risco cambial, por na prática, vender e comprar ao exterior na mesma moeda.
De um artigo recente do Economist destaco a afirmação seguinte: " The dollar's decline already amounts to the biggest default in history, having wiped far more off the value of foreigners' assets than any emerging market has ever done."
Presumo que o dólar vai manter-se ainda como moeda de transacção do petróleo durante muito tempo. Mas que a coisa está preta parece não haver dúvidas.
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