Saturday, November 03, 2007

MADDIE

Leio no Expresso de hoje (pag. 4) que "já lá vai meio ano e a incerteza continua. Ninguém foi preso e não há provas de que a criança esteja viva ou morta.
(...)
O indício mais forte que sustenta a tese de homicídio resulta do odor a cadáver que um cão terá detectado no apartamento. Falta encontrar o corpo. E seis meses depois, de acordo com um investigador (...) já nada resta: "Esteja enterrado, ou tenha sido mandado à água, o corpo já está totalmente decomposto." Ainda assim, através de testes de ADN ou de registos dentários, "será sempre possível identificar os restos mortais. Falta encontrá-los". Só se o corpo tiver sido totalmente incinerado num forno crematório será impossível identificá-lo.
.
E se o corpo foi depositado dentro de um dos muitos contentores de lixo que se vêm ao longo das estradas do Algarve? Surpreendentemente, ou talvez não, não vi ainda esta hipótese levantada, nem pela polícia nem pelos media. E, no entanto, ela seria a forma mais expedita, para alguém que não conhecesse bem o local, se desembaraçar do corpo. Que seria compactado e perdido na lixeira poucas horas depois. Esta aparente omissão é tanto mais surpeeendente quanto é certo que, lamentavelmente, não poucas vezes, a imprensa noticia casos de infanticídio com utilização dos contentores de lixo.
.
No Jornal da Noite da Sic notícias acabo de ouvir que a imprensa inglesa noticia hoje que o laboratório britânico incumbido das análises enviou já o seu último relatório à P Judiciária, que confirma a presença do corpo morto de Maddie no carro alugado pelos pais 22 dias depois do desaparecimento.
.
Do corpo ou de vestígios do corpo? A notícia não é esclarecedora.

2 comments:

António said...

De vestígios de um corpo.
Um corpo que esteve lá dentro a rever, a verter alguns fluidos.
Nunca trapos, roupas ou outras coisas, que estiveram em contacto com esse corpo ainda vivo.
A quantidade de vestígios era tal que não podia ser de outra maneira.
Só um corpo em decomposição deixa cair, liberta tanta matéria.

Rui Fonseca said...

As coisas que v. sabe António!

Teve acesso ao relatório?