No Jornal de Negócio Online de hoje está publicada a notícia, que a seguir se transcreve, de que o CFO do BCP considera curta a oferta do BPI de 2 acções do BCP e 1 do BPI para cada acção do projectado Millenium BPI, propondo antes uma relação de 1,8 do BCP e 1 do BPI para o mesmo efeito. Temos, portanto, um novo fascículo deste folhetim, que vem sendo publicado há meses com alterações de guião consoante a sorte dos protagonistas. Seria estranha esta forma de negociar uma fusão entre dois bancos, da qual poderá resultar o terceiro maior banco da península ibérica, se a nossa estranheza não se tivesse já saturado pela banalização de casos estranhos de toda a espécie.
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Não menos estranha é a advertência tímida da CMVM que, segundo noticia o Público, também hoje, "quer que o BCP e o BPI dêm conhecimento ao mercado quando iniciarem as negociações, mas avisa que estas não se podem fazer na praça pública (na comunicação social)".
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Que tal? (Senhor pescador, tem uma hora para tirar essa porcaria daí...!)
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"O CFO do BCP, António Rodrigues, disse hoje em "conference call" que a relação entre as cotações do BCP e as do BPI implicavam um rácio de troca de 1,8 acções do BCP por cada acção do BPI antes da OPA, valores que hoje voltam a ser praticados pelo mercado. Filipe Pinhal afirmou aos analistas que deu uma resposta "clara" a Artur Santos Silva e a Fernando Ulrich.
O administrador financeiro do Banco Comercial Português (BCP) [Cot] e o presidente executivo do conselho de administração estiveram há momentos reunidos com analistas e a fusão com o BPI foi um dos temas fortes da conferência.
A proposta feita pelo BPI implica um rácio de troca de dois para um, pelo que cada accionista que tiver duas acções do BCP poderia receber uma acção da nova instituição, o Banco Millenniumm BPI.
No dia anterior ao anúncio da fusão, o BPI estava a cotar nos 6,51 euros e as acções do BCP nos 3,19 euros, pelo que a fusão implicaria um ligeiro prémio de 2% para os accionistas do BCP.
Desde então, as acções do BPI desvalorizavam e as do BCP ganharam valor, pelo que o rácio actual ronda 1,8 acções.
Este rácio de troca seria mais favorável para os accionistas do BCP, já que em vez de entregarem duas acções para ter uma do BPI, só teriam de entregar 1,8 acções para ter direito à mesma acção do BPI ou da entidade que resultar da fusão.
Na conferência para apresentar a fusão, Fernando Ulrich justificou o rácio de dois para um, dizendo que o preço da OPA que o BCP lançou (de 7 euros por acção) implicava um rácio de troca de 2,44, mais desfavorável para os accionistas do BCP.
A resposta chegou hoje de António Rodrigues que, na "conference call" com analistas, afirmou que antes da OPA, este rácio era de 1,8 vezes um "valor que o mercado volta hoje a praticar".
O CFO do maior banco privado nacional sugere assim que o preço foi um dos factores determinantes para chumbar a proposta de fusão inicial apresentada pelo BPI. A contas do CFO têm implícitas um prémio superior a 10%.
Questionado pelos analistas sobre se o BCP aceitaria uma fusão sem prémio, mas com o controlo de gestão, os administradores do BCP presentes na conferência não se pronunciaram. Na fusão, tal como foi exposta pelo BPI, seria o próprio a escolher o presidente do conselho de administração com funções executivas.
Na introdução da "conference call", Filipe Pinhal reiterou que a proposta do BPI "é inaceitável e inadequada", algo que "foi dito de forma clara ao ‘chairman’ e ao CEO do BPI".
O administrador financeiro do Banco Comercial Português (BCP) [Cot] e o presidente executivo do conselho de administração estiveram há momentos reunidos com analistas e a fusão com o BPI foi um dos temas fortes da conferência.
A proposta feita pelo BPI implica um rácio de troca de dois para um, pelo que cada accionista que tiver duas acções do BCP poderia receber uma acção da nova instituição, o Banco Millenniumm BPI.
No dia anterior ao anúncio da fusão, o BPI estava a cotar nos 6,51 euros e as acções do BCP nos 3,19 euros, pelo que a fusão implicaria um ligeiro prémio de 2% para os accionistas do BCP.
Desde então, as acções do BPI desvalorizavam e as do BCP ganharam valor, pelo que o rácio actual ronda 1,8 acções.
Este rácio de troca seria mais favorável para os accionistas do BCP, já que em vez de entregarem duas acções para ter uma do BPI, só teriam de entregar 1,8 acções para ter direito à mesma acção do BPI ou da entidade que resultar da fusão.
Na conferência para apresentar a fusão, Fernando Ulrich justificou o rácio de dois para um, dizendo que o preço da OPA que o BCP lançou (de 7 euros por acção) implicava um rácio de troca de 2,44, mais desfavorável para os accionistas do BCP.
A resposta chegou hoje de António Rodrigues que, na "conference call" com analistas, afirmou que antes da OPA, este rácio era de 1,8 vezes um "valor que o mercado volta hoje a praticar".
O CFO do maior banco privado nacional sugere assim que o preço foi um dos factores determinantes para chumbar a proposta de fusão inicial apresentada pelo BPI. A contas do CFO têm implícitas um prémio superior a 10%.
Questionado pelos analistas sobre se o BCP aceitaria uma fusão sem prémio, mas com o controlo de gestão, os administradores do BCP presentes na conferência não se pronunciaram. Na fusão, tal como foi exposta pelo BPI, seria o próprio a escolher o presidente do conselho de administração com funções executivas.
Na introdução da "conference call", Filipe Pinhal reiterou que a proposta do BPI "é inaceitável e inadequada", algo que "foi dito de forma clara ao ‘chairman’ e ao CEO do BPI".
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