Há ocasiões em que conter a indignação dentro de limites politicamente correctos (extrapolando a expressão para as relações do dia a dia) só é possível com uma grande paciência córnea ou indiferença bruta. Qualidades que, pelos vistos, não devem faltar aos portugueses, em geral, e aos lisboetas, em particular, se observarmos a forma como convivem passivamente com situações que levam os povos que prezam a dignidade do ambiente que os rodeia a não as tolerar.
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Muitas vezes já, tenho colocado nestas palavras cruzadas com que me entretenho a alinhavar ideias e princípios a indignação que me assalta sempre que penso em Lisboa mal tratada.
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Vem hoje isto a propósito de um conjunto de fotografias que O Jumento tirou a uma situação que ele próprio já tinha há algum tempo atrás denunciado: Uma furgoneta (Mercedes, de matrícula relativamente recente) instalada junto ao Ministério das Finanças, para vender "comes e bebes" à noite, ocupando todo o passeio, abastecida por energia eléctrica através de um ramal colocado no edifício do Ministério...
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Tratar-se-á de uma nova fonte de receitas descoberta pelo Ministério das Finanças? Se for esse o caso bem merecia que fosse discutido hoje no parlamento.
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