Tuesday, November 18, 2008

POR DETRÁS DA AVALIAÇÃO

O meu Amigo F., comentou o post O óbvio e o provável . Porque se trata do testemunho de uma pessoa que percorreu a maior parte da sua carreira profissional em funções lectivas e de consultor de formação, parece-me de todo pertinente esta distinção mínima para as palavras que teve a amabilidade de colocar neste obscuro blog:
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"Tenho para mim que esta guerra ultrapassa largamente a questão do modelo de avaliação. Se fosse esta a questão seria técnica e então seriam os especialistas (que os há) a pronunciarem-se. Ora nunca os sindicatos foram por essa via, pelo que nunca apresentaram qualquer alternativa de modelo porque sabem que seria um fiasco. A questão inscreve-se num movimento geral de contestação (com ou sem razão) na linha política do “quanto pior melhor”.
Quanto a mim ceder seria a vitória dos contestatários que festejariam a sua militância e não o que dizem ser a sua luta, porque então, a avaliação ficaria num impasse ainda maior. Tecnicamente a posição da Srª Ministra está correcta: os sistemas corrigem-se; no fundo é o que está a fazer: corrigir um sistema de avaliação que não avaliava (distinguia) ninguém e que distinguia por antiguidade, que bem poderia ser por incompetência acumulada.
Sendo assim, por que é que os sindicatos continuam tão irredutíveis? É porque sabem que, perdendo esta guerra, perdem grande parte da influência que detêm no Ministério da Educação desde há 30 e tal anos, por onde passaram Ministros reconhecidamente pouco competentes em matéria educativa, salvando o malogrado Cardia que, não obstante os esforços, também pouco conseguiu.
Há forças sociais mais poderosas do que pensamos..."

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