Ramalho Eanes: “O que é necessário é o país definir o que quer. Se quer forças armadas, se não quer. Se quer forças armadas, para quê. E estabelecendo para quê, aceita, naturalmente, que tem de lhe atribuir determinados meios financeiros para que elas possam estar em condições de responder àquilo que é o destino que lhe é atribuído pelo poder político”. ... escusou-se a responder à pergunta sobre se o poder político sabe o que pretende das Forças Armadas. "É necessário que os portugueses digam o que é que querem das Forças Armadas"
Uma questão para um urgente, porque muito necessário, debate nacional.
Um debate que deveria culminar com um referendo.
Sou contra referendos de matérias muito complexas do ponto de vista legislativo (caso do Tratado de Lisboa). Também não concordo com o uso do referendo por um país membro da UE acerca de assuntos anteriormente aprovados pelos governos respectivos (caso da Irlanda relativamente ao Pacto Orçamental da UE. A República Checa e o Reino Unido, que não estão na Zona Euro, tomaram opções inequívocas não subscrevendo o Pacto). Se o governo irlandês entendia não estar autorizado a subscrever o Pacto, ou não o subscrevia ou realizava o referendo antes de o subscrever.
Voltando à questão das Forças Armadas: O tema tem sido tabu. Que me recorde, nunca foi objecto de debate na AR, por omissão sistemática de iniciativa da esquerda mais à esquerda à direita mais à direita do arco parlamentar. Paira sobe o assunto um fantasma que emudece todos.
Oxalá o desafio do General Ramalho Eanes seja levado a sério, e seriamente debatido sem teias de aranhas nas ideias.
Voltando à questão das Forças Armadas: O tema tem sido tabu. Que me recorde, nunca foi objecto de debate na AR, por omissão sistemática de iniciativa da esquerda mais à esquerda à direita mais à direita do arco parlamentar. Paira sobe o assunto um fantasma que emudece todos.
Oxalá o desafio do General Ramalho Eanes seja levado a sério, e seriamente debatido sem teias de aranhas nas ideias.
6 comments:
" OU SIM OU SOUPAS " ou " SIM OU SOPAS "?
Obrigado, Caro (a) Anonymous pela chamada de atenção para o erro, que já corrigi.
Um erro tanto mais estranho em mim, que sou um incorigível adorador de sopa.
Se também quer referir-se ao "Ou ... ou", qualquer das formas é correcta, parece-me, dependendo da intencionalidade da frase.
Se a intenção é ordenar ou pedir a alguém uma decisão sobre uma alternativa entre duas possíveis, dir-se-á, por exemplo:
- Decide-te: Vens ou ficas?
No caso em questão, não se coloca a questão desse modo. O que Eanes diz é que o povo português deve pronunciar-se quanto a uma de duas alternativas, mas não determina que essa decisão seja tomada porque não lhe compete a ele decidir.
Ou queremos ou não queremos ter estas Forças Armadas, é o debate que se impõe para já.
O sim ou sopas,o referendo, virá, se vier, depois. Eanes não fala nem sugere sequer um referendo. Não sei mesmo se é favorável a um referendo nesta matéria.
A referência ao referendo é da minha inteira responsabilidade, como pode constatar-se do que foi escrito no jornal, de onde retirei o que citei, e por mim neste caderno.
Salvo melhor opinião.
Parece haver alguma confusão.
Será que adora sopa? Ou não preferirá
soup(as)?
"Será que adora sopa? Ou não preferirá
soup(as)?"
???
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