Saturday, March 24, 2012

A CONSPIRAÇÃO CONTRA A EUROPA

Há uma conspiração anglo-saxónica orquestrada pelo Tesouro norte-americano conta o euro?
               
Aqui, afirma-se que, como o outro que não acredita em bruxas mas afirma que elas existem, que se não há uma conspiração há coincidências estranhas coincidentes com os interesses norte-americanos. 
A mim, a teoria da conspiração norte-americana contra o euro parece-me um tanto ou quanto esotérica se para a contraditar se fazem levantar do banco dos suplentes "coincidências estranhas", o mesmo é dizer, presumo, com origens ocultas voltadas para o mesmo objectivo: tramar o euro para eternizar o dólar.

Philip Roth escreveu há uns anos uma novela - A Conspiração Conta a América - que simula como seria a América na década de 40, se, hipoteticamente, Charles Lindbergh, o mítico aviador norte-americano, e herói nacional, a quem tinha sido raptado um filho, simpatizante do nazismo, tivesse vencido Roosevelt nas eleições presidenciais de 1936. Aliás, Lindbergh nem sequer se candidatou. 

Sem querer desvalorizar, minimamente que seja, a coincidência da deterioração dos indicadores económicos dos EUA com a repentina profusão de notícias, relatórios e depoimentos que dão como certo - e para breve - o colapso financeiro de Espanha, poderemos simular o mundo financeiro após um eventual colapso da banca espanhola e, por tabela, a mais que certa implosão da Zona Euro.

Escaparia mesmo a Goldman Sachs aos eventuais efeitos dessa mega explosão? Dispõe o dólar de um abrigo nuclear em caso de um rebentamento financeiro de tal ordem de grandeza?
Por outro lado, estará, neste caso, a Goldman Sachs e outros comparsas de Wall Street ou na City ao serviço do tesouro norte-americano e, naturalmente, da reeleição de Obama? É visível que David Cameron tem mostrado maior apoio à reeleição de Obama do que entusiasmo por Mitt Romney na Casa Branca. Mas poderá isso indiciar a existência de um complot contra o Euro armadilhado em relatórios que dão por certo e iminente  o colapso financeiro em Espanha?

Parece-me ficção a mais.
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Obs . - Não sou admirador, antes pelo contrário, dessa súcia que dá pelo nome de Goldman Sachs e seus comparsas.
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Cor. - (in Economist)

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