Tuesday, March 20, 2012

CONFISSÕES DE UM CAIXEIRO

Ora aí está, preto no branco, e em vídeo, a confissão  pública do caixeiro incumbido do crédito a retalho na Caixa do que já se sabia: A Caixa, até agora, foi a grande financiadora do maior crime económico que foi  cometido neste país - o financiamento privilegiado aos sectores não transaccionáveis, e particularmente à construção e grandes obras públicas. Em resumo: ao cimento. 

Não esteve sozinha, não. A banca em geral participou na geraldina. Mas a Caixa, como banco público, tem (deveria ter) especiais responsabilidades na forma como aplica os fundos que os portugueses lhe confiaram.
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Dos Caixeiros esperava-se maior participação no crescimento económico do país. Mas não. Confessadamente, dedicaram a quase totalidade dos recursos nela depositados, para além dos que, sem freio importou, ao afundamento financeiro do país e à sua debilitação económica.

Veja, leia, ouça, aqui:
"Há uma reorientação de crédito para outros sectores além do imobiliário e da construção"
Nuno Fernandes Thomaz, administrador da Caixa Geral de Depósitos, voltou hoje a frisar que não há nenhum "credit crunch" em Portugal, e que na CGD "não há escassez de crédito". O gestor disse que para as boas empresas há dinheiro, e que os sectores não transaccionáveis deixaram de ser uma prioridade na atribuição de financiamento.

"Não há escassez de crédito na CGD, há um processo mais rigoroso na atribuição. Há uma reorientação de crédito para outros sectores além do imobiliário e da construção. Vamos reorientar o crédito para o sector transaccionável e produtivo".

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Correl.- Nogueira Leite: "Em Portugal houve vários artistas na banca"
Pois houve. E continua a haver.

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