Quase todos os dias dá à costa uma vigarice colossal. Temos umas costas largas, mal aproveitadas, mas quanto a escândalos mais avantajados e fedorentos que uma baleia morta, há um corropio deles a encalhar na praia para regalo da ânsia dos repórteres e a indiferença dormente dos tribunais.
Ontem, ia de zapping ao encontro de um programa noutro canal quando ouço que a um tal Alcântara Guerreiro, também conhecido pelo Rei das Farmácias (enquanto no ecran corria esta notícia, em baixo, na banda escrita, informava que o Rei Ghob pode ser liberto já na próxiam 2ª. feira! depois de ter sido condenado esta semana a 25 anos de cadeia) tinha a Polícia Judiciária apreendido dezenas de viaturas (16?26?) de altíssima gama e cilindrada. Porquê, está explicado aqui.
Pelos vistos trata-se de um caso de dimensões susceptíveis de o levar a encalhar nos corredores infinitos da justiça por muitos anos até ao esquecimento. Mas casos de burlas envolvendo farmácias têm-se multiplicado nos últimos anos.E não consta que algum dos prevaricadores tenha sido obrigado a fechar a luminosa botica.
Qualquer empresa que seja burlada por um dos seus fornecedores corta o burlão da lista além de o levar a tribunal. O Estado, não. Os seus tutores, porque o Estado como entidade com ânimo volitivo é um imbecil, sabem da afronta mas continuam a conviver com os que arrombam os cofres dos dinheiros públicos. E tudo continua na mesma.
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