Putin foi hoje reeleito Czar da Rússia com cerca de 65% dos votos, segundo notícias que acabo de ouvir.
Digo reeleito, porque o interregno de Dmitri Medvedev foi um truque de Putin muito evidente para ultrapassar a limitação constitucional. Putin regressa à presidência de onde, de facto, nunca saiu, e paga a colaboração de Medvedev nomeando-o primeiro-ministro logo que seja empossado, desta vez por seis anos, podendo ser reelegível por mais seis. Estará no Kremlin, provavelmente, até 2024.
Tem tempo de sobra para compensar na ordem externa as eventuais dificuldades que o crescimento de uma economia ainda muito suportada no gás e no petróleo poderão colocar-lhe na ordem interna. Putin, perante uma União Europeia a caminho da desintegração, porque uma imprescindível integração política, mínima que seja, não faz parte dos objectivos dos actuais líderes (desde Merkel e Sarkozy até aos 25 anões) vai disputar-lhe a presença russa nos territórios que há duas dezenas de anos se separaram da ex-União Soviética. Insisto: O actual governo húngaro já está politicamente muito mais próximo de Putin do que de (quem?) na UE. A Grécia, se continua o aperto, estará a virar-se para leste.
O Economist publicou há duas semanas o gráfico de que fiz copy/paste acima. Trata-se de um quadro muito elucidativo do caminho percorrido pela Rússia na última década com impacto sobre a classe média, que explica a vitória folgada de Putin ainda que a OSCE tenha detectado importantes irregularidades no escrutinio russo.
Entretanto, na China continua a assistir-se à maior migração da história. Vd aqui porquê.
Enquanto isto, a União Europeia continua manietada de uma indecisão de que não se vai desenvencilhar com o tipo de medidas com que se construiu até há poucos anos atrás.
Tem tempo de sobra para compensar na ordem externa as eventuais dificuldades que o crescimento de uma economia ainda muito suportada no gás e no petróleo poderão colocar-lhe na ordem interna. Putin, perante uma União Europeia a caminho da desintegração, porque uma imprescindível integração política, mínima que seja, não faz parte dos objectivos dos actuais líderes (desde Merkel e Sarkozy até aos 25 anões) vai disputar-lhe a presença russa nos territórios que há duas dezenas de anos se separaram da ex-União Soviética. Insisto: O actual governo húngaro já está politicamente muito mais próximo de Putin do que de (quem?) na UE. A Grécia, se continua o aperto, estará a virar-se para leste.
O Economist publicou há duas semanas o gráfico de que fiz copy/paste acima. Trata-se de um quadro muito elucidativo do caminho percorrido pela Rússia na última década com impacto sobre a classe média, que explica a vitória folgada de Putin ainda que a OSCE tenha detectado importantes irregularidades no escrutinio russo.
Entretanto, na China continua a assistir-se à maior migração da história. Vd aqui porquê.
Enquanto isto, a União Europeia continua manietada de uma indecisão de que não se vai desenvencilhar com o tipo de medidas com que se construiu até há poucos anos atrás.
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