Do Novo Banco o que se conhece sobre os resultados da gestão, desde a separação dos activos tóxicos dos aproveitáveis, até agora, está neste press release e nesta apresentação power point de quarta-feira passada. E ficámos a saber, além do mais, que por enquanto é muito pouco mas o suficiente para nos preocuparmos mais uma vez com a nossa carteira, que
"O resultado do exercício foi de -980,6M€ reflexo do elevado nível de provisionamento
essencialmente para crédito a clientes, títulos e imóveis (1054,4M€) e da anulação da
totalidade dos prejuízos fiscais reportáveis relativos ao ano de 2013 no valor de 160,0M€."
Contas feitas, o Novo Banco registou em 2015 perdas que rondaram os 3 milhões de euros por dia, incluindo sábados, domingos, feriados e dias de guarda. Como o Novo Banco, disse o sr. Carlos Costa na altura, herdou uma situação limpa, sem activos tóxicos, que ficaram do lado de lá dos espíritos santos, são surpreendentes as notícias de que, depois da revelação feita o ano passado, de um balúrdio de imparidades idêntico ao deste ano, nada nos garante que o Novo Banco não continue a juntar parcelas à soma da factura que um dia, diz o agora célebre sr. Costa, não a podendo mandar para a lua terá de a mandar para a caixa do correio do costume.
Estranho é, contudo, que, à volta do Novo Banco, ande meio mundo cismando excitado entre vendê-lo ou nacionalizá-lo. Mas vender o quê, nacionalizar o quê, se o NB continuar a acumular perdas ao ritmo observado até agora?
O sr. Carlos Costa continua a garantir que há interessados porque o NB é um activo muito interessante, mas não lhe arranjou comprador quando do NB ainda não havia notícia de mais quase mil milhões de resultados negativos. Conseguirá agora, porquê?
Mais valia que, para já, pensassem nisto.
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A propósito,
é ainda intrigante que ninguém pergunte, onde estas coisas devem ser perguntadas, por que razão continua a Caixa Geral de Depósitos a acumular perdas sucessivas sem que ninguém tenha sido até agora interpelado nem condenado pelas manobras que a levaram a uma situação de falência técnica, considerando a sua incapacidade em solver os compromissos assumidos perante o Estado no âmbito de um processo de recapitalização, que agora parece requerer nova dose.
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A propósito,
é ainda intrigante que ninguém pergunte, onde estas coisas devem ser perguntadas, por que razão continua a Caixa Geral de Depósitos a acumular perdas sucessivas sem que ninguém tenha sido até agora interpelado nem condenado pelas manobras que a levaram a uma situação de falência técnica, considerando a sua incapacidade em solver os compromissos assumidos perante o Estado no âmbito de um processo de recapitalização, que agora parece requerer nova dose.
Sobre o assunto imitou o actual primeiro-ministro o seu antecessor: estranhou o incumprimento e ficou-se por aí.
Entretanto, o anterior caixeiro-mor instalou-se regaladamente na presidência da associação de bancos.
Dos outros deixámos de ter notícias.
Entretanto, o anterior caixeiro-mor instalou-se regaladamente na presidência da associação de bancos.
Dos outros deixámos de ter notícias.