Sunday, February 21, 2016

GOOD BYE UK

Leio em todo o lado que  se os britânicos decidirem no referendo de 23 de Junho a sua saída da UE, a União Europeia ficará mais fragilizada e divida e o Reino Unido pagará cara a sua dissensão.
As últimas sondagens acentuam a tendência do "não" à UE, e David Cameron não consegue sequer o apoio da totalidade dos membros do seu governo. Estará a Europa perante a iminência de um desastre com consequências dramáticas e irreparáveis?

Não me parece.
Admito até que o melhor resultado para a Europa, incluindo o UK, será uma vitória do "não" à UE.
Os britânicos nunca se sentiram confortavelmente no seio de um clube em que não eram  primus inter pares, e cada directiva era vista como uma afronta à sua individualidade colectiva. Nunca entraram de corpo inteiro e foram, com o tempo, atravessando a porta de saída. O acordo agora consentido pelos 27 à maior parte das pretensões de Cameron tem apenas virtualidades de desarmadilhar ressentimentos que um desacordo poderia fazer perdurar no futuro. De resto, salvo as restrições ao acesso de apoios sociais e emigrantes com menos de quatro anos de permanência no UK, o acordo, se for sufragado pelos britânicos, é quase inconsequente. Não querem entrar no euro. Não querem um exército único. Não querem obrigar-se a ser parte de uma UE mais integrada. Não querem participar em resgates de países membros endividados. Querem o que sempre quiseram: fazer parte de uma zona económica sem obediência a outras leis salvo as leis dos mercados. 

Os resultados do referendo de 23 de Junho resultarão das circunstâncias envolventes, mas as circunstâncias mudam e o Reino Unido não deixará de ser parte da Europa por mais que lhe palpite o coração pelo outro lado do Atlântico. Se o sr. David Cameron for suficientemente persuasivo para convencer os eleitores a votarem "sim" à UE e garantir a sua permanência como primeiro-ministro, a questão da permanência do UK na UE não ficará resolvida mas apenas suspensa. Os eurocépticos continuarão ininterruptamente em campanha.

Obs. - O "sim " à Europa será votado no referendo com "não" à saída da UE.

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Correl. - Taking Europe´s pulse

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