A desigualdade é um obstáculo ao crescimento económico e ao desenvolvimento humano. Em situações extremas conduz, mais tarde ou mais cedo, à revolta colectiva.
E a nível individual?
A comparação que suscita estados de infelicidade naqueles que não podem atingir consumos que vêm promovidos e desfrutados por outros à sua volta pode conduzir a sentimentos perversos, de inveja e mesquinhez? Podem os menos favorecidos, quaisquer sejam as razões da desigualdade, os mais pobres, aqueles que a sorte não protegeu, as boas pessoas tornarem-se menos, ou até más, pessoas, por serem invadidos por sentimentos perversos, de inveja e mesquinhez?
Não é invulgar assacarem-se os portugueses sentimentos congénitos de inveja, - a última palavra dos Lusíadas, cita-se para reforçar o argumento, - mas será a inveja uma particularidade nossa ou propagou-se por todo o lado? As pessoas boas são levadas a comportamentos menos éticos em consequência das circunstâncias em que sobrevivem? A inveja é um direito que assiste aos desprotegidos da sorte?
Questões suscitadas pelo autor, norte-americano, em Boas Pessoas, em cena no Teatro Aberto.
Vale a pena ir até lá.
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