Wednesday, December 08, 2010

NÃO HÁ ECO NO DESERTO

Sócrates pretende ligar o aumento dos salários ao aumento da produtividade.

Boa ideia.
Como é que se mede a produtividade da  função pública?
Não se sabe.
De modo que a via socialmente mais justa e economicamente mais eficiente é a de limitar o aumento da função pública ao aumento da riqueza nacional observada no sector transaccionável da economia. 
Escrevi já neste caderno alguns apontamentos acerca do assunto.

Porque nos sectores sujeitos às leis do mercado é o mercado que impõe as regras: se os salários crescem mais que a produtividade, mais cedo ou mais tarde o negócio fecha as portas. Tão simples quanto isto.

3 comments:

António said...

"se os salários crescem mais que a produtividade"

Outra vez a produtividade?

É a RENTABILIDADE!!!
Se o patrão gasta muito mais que a produção toda, não paga aos fornecedores, é só pu... e vinho verde, a culpa é de quem?
De quem produz ou de quem gasta?

rui fonseca said...

Caro António,

Se o patrão gasta tudo com p. e vinho verde, mais tarde ou mais cedo tem de fechar as portas.

É grave? É gravíssimo.
Mas não é desse problema que estamos a falar.
Do que estamos a falar é de rendimentos atribuidos (e não só de salários, quem falou em salários foi o PM, neste caso) que superam o valor da riqueza produzida.

Não dura sempre.

António said...

Mas como o meu caro atira sempre para o mesmo lado, o da produtividade, acerta sempre nos mesmos.
Sugiro-lhe que faça pontaria a outros causadores e outras causas para o estado a que isto chegou.
Quem tem andado a governar(-se d)isto,
gasta mais em festas que o país todo produz a trabalhar. Mesmo assim, não chega e vão ao penhorista empenhar o nosso ouro e o nosso trabalho. E o nosso futuro como Nação.
Entende isto, não entende?
Portanto, meu amigo, isso de o pessoal não produzir já está gasto, a não ser que se refira aos funcionários publicos, os das finanças e muitos ministérios, serviços e tal que por cá abundam que deviam fazer alguma coisita pelo bem comum, em vez de estarem alapados o tempo todo sem nada fazerem. A começar pelos políticos, os grandes ladrões.
Mais uma vez quem devia gerir bem esses assuntos, faz o contrário.
Quem faz alguma coisa que seja vendável, é que tem de comprar o carro, meter a gasolina, levar as excelências a passear e ainda lhes pagar o almoço, não?
Não pode ser.
Vire-se para outro lado, ou então ponha nomes aos bois.