Os líderes europeus chegaram esta tarde a acordo em Bruxelas sobre os termos em que será alterado o Tratado de Lisboa para permitir a criação de um mecanismo permanente de apoio aos países do euro que não consigam financiar-se nos mercados.
Prevaleceu a posição de Merkel: Socorro sim, mas os credores podem ser chamados a prescindir de parte dos seus créditos em caso de iminência de "default" do devedor. Os eurobonds foram recusados. Os "bonds" entre os membros da União continuarão a não passar pela responsabilidade financeira conjunta. A cada qual as suas dívidas.
Parece-me salutar. Os "eurobonds", aparentemente um instrumento de solidariedade, poderia transformar-se numa semente de desagregação. Porque sobre eles pairaria sempre a suspeita de que alguém estaria a pagar os desvarios dos outros. A União Europeia não é (ainda) uma federação de estados. E mesmo nos EUA a responsabilidade financeira dos estados não é conjunta. As conhecidas dificuldades da Califórnia são o exemplo mais evidente da responsabilidade financeira individual de cada estado.
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