Campanha antimarquises arranca em Setembro
As marquises nas fachadas dos prédios são um dos alvos de uma campanha que arranca no mês que vem para sensibilizar a população para os aspectos estéticos do fenómeno. As caixas de ar condicionado e os estendais também vão estar na berlinda nesta iniciativa, que, apesar de ter o apoio do Ministério do Ambiente, partiu de um gestor privado.
As marquises nas fachadas dos prédios são um dos alvos de uma campanha que arranca no mês que vem para sensibilizar a população para os aspectos estéticos do fenómeno. As caixas de ar condicionado e os estendais também vão estar na berlinda nesta iniciativa, que, apesar de ter o apoio do Ministério do Ambiente, partiu de um gestor privado.
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Referi-me aos estendais de roupa a 4 de Setembro de 2007, aqui no Aliás. Fico, portanto, satisfeito por, finalmente o Ministério do Ambiente reparar em algo que estava escancarado à vista de todos mas que, como em muitas outras situações, as pessoas não reparam. Os estendais de roupa são legais e admitidos pelos serviços de urbanismo das câmaras municipais que, inconcebívelmente, não exigem que os projectos contemplem espaço para a secagem natural da roupa. Daí os estendais.
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Já as marquises são ilegais à nascença e só proliferaram como uma praga por duas razões de culpa atribuíveis aos municípios, e, principalmente, aos das áreas metropolitanas de Lisboa e Porto: i) porque aceitaram projectos onde predominavam as varandas que, antecipadamente, se destinavam à colocação de marquises, uma vez passada a inspecção camarária ii) o laxismo camarário nunca desmotivou a instalação de marquises, tolerou-as e acabou por informalmente as legalizar. A instalação de caixas de ar condicionado, muitas vezes em condições que podem provocar acidentes graves, deve-se ainda à mesma atitude laxista dos municípios, que fazem vista grossa para os objectos aéreos bem identificáveis.
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Mas a maior chaga das cidades portuguesas são os prédios abandonados. Muito se tem escrito ultimamente sobre o assunto. Um projecto lei sobre a reabilitação urbana foi recentemente considerado constitucional. Será que alguma coisa vai mudar no reino da urbanização apodrecida em Portugal? Esperemos que sim.
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