Nouriel Roubini foi capaz de quantificar, provavelmente com alguma aproximação, e digo provavelmente porque os valores reais nunca serão conhecidos com precisão, a dimensão da vaga de empréstimos subprime, que esteve na origem da crise incubada nos EUA e exportada para todo o mundo. Aqui, no Aliás, Nouriel Roubini começou a ser referido há mais de dois anos.
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Actualmente, é frequentemente, notícia em toda a parte. Hoje mesmo, o Jornal de Negócios Online dá conta que "o cobre já ganha 96% este ano, e que as matérias-primas (em geral) disparam em todos os mercados, reforçando o movimento de subida, com alguns produtos a atingirem máximos de vários meses, e que as declarações do economista Nouriel Roubini, célebre por ter previsto a actual crise e que aponta agora para a continuação do "rally" nas "commodities" em 2010, estão a ajudar à tendência".
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Roubini, na sequência desta evolução, prevê que a recuperação poderá ocorrer mais cedo do que o previsto até agora, provavelmente ainda durante o último trimestre deste ano, mas a recuperação não será sustentada porque a travagem das expectativas inflacionistas* provocarão nova inflexão negativa antes de 2012. Haverá, portanto, segundo Roubini, sol de pouca duração. A evolução da crise terá um perfil em W, um prognóstico que está longe de ser novo e exclusivo de Roubini. Mas como Roubini aparece a caucioná-lo, e o mercado parece tê-lo tomado por profeta, as declarações de Roubini estarão a exarcerbar a tendência que também ele constata.
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Antes da crise, Roubini pregou no deserto. Agora é Maia global.
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