Se o mundo é uma aldeia, Portugal parece uma casa de tias, onde o diz-se, diz-se, é um regalo para os frequentadores e uma benção para os mensageiros. Se os fogos de Verão já não chegam para atrair tantos basbaques e as arribas no Algarve, felizmente, não estão a cair todos os dias, os media têm de inventar modos de entretenimento que lhes garantam audiências.
O Expresso deste fim-de-semana, por exemplo, enche-se de comentários acerca do caso da semana: as eventuais escutas a assessores do PR feitas pelo governo, ou pelo PS, muitas vezes a distinção é difícil, denunciadas por uma fonte anónima que toda a gente sabe quem é.
O caso conta-se em duas linhas: Do lado do PS foi afirmado que assessores do PR teriam colaborado na elaboração do programa do PSD. O que, segundo alguns destacados socialistas, é normal e não é ilegal. Do lado do PSD, negaram as acusações e perguntaram: Como é que eles sabem isso, os do PS? Andam a escutar-nos?
Parangona o Público no dia seguinte: Presidência da República teme estar a ser vigiada.
Estava dado o mote para entreter o pagode.
Como o caso tinha pouca mecha para alimentar o pavio estival deslocaram-no então para onde ele podia ganhar fôlego: para o PR. Como este ficou calado, e bem, aqui d´el rei que o ruído deste silêncio é ensurdecedor.
A casa da mariquinhas não se tinha, como eles queriam, mudado para Belém.
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