Friday, August 21, 2009

SAUDADINHA

Embirro com os bifes e com a placa comemorativa da Trindade: O senhor presidente da Câmara Municipal de Lisboa descerrou esta placa comemorativa dos 170 anos da Trindade, e versão inglesa a seguir. Mas volto sempre que posso para encontrar velhos amigos. Antes do almoço dou um giro pelas redondezas, sítio onde habitei por uns anos, e sempre, pelos alfarrabistas. Entretenho os olhos e encho a alma das recordações que algumas daquelas edições com dezenas de anos me despertam.
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O Chiado não está na mesma. Algumas reabilitações, nem sempre bem conseguidas, têm devolvido ao lugar alguma dignidade, perdida com o tempo e a incúria, de alguns dos imóveis dos largos e ruas afluentes. Mas é desesperante ver aquela que é a parte mais emblemática da cidade transformada em estaleiro de obras (sobretudo na Rua da Misericórdia) há tantos anos já.
Por que é que estas coisas acontecem tão frequentemente entre nós?
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Novo, no Chiado, é o quiosque instalado há poucos meses num dos cantos da praça de Camões. Elegante. Dizem-me que os petiscos à venda merecem a prova. Não sei se o vereador municipal que assistiu à inauguração descerrou placa comemorativa. Na próxima vez que lá volte vou ao quiosque antes de entrar na Trindade. Pelo menos poupo-me do bife ainda que não me safe da placa.
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Já depois de sair do parque, onde há placa a avisar que foi ianugurada pelo senhor presidente da câmara municipal de Lisboa, excelentíssimo senhor doutro, ia a desbobinar recordações, liguei o rádio e ouço José Afonso a cantar Saudadinha. Coincidências.

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