Que a Caixa Geral de Depósitos tem de reduzir custos de funcionamento para estancar a corrente de prejuízos que vem acumulando desde há alguns anos, ninguém deverá ter dúvidas.
Que o encerramento de algumas agências tem de inscrever-se no programa do imprescindível corte de despesas, parece evidente.
Mas espanta que, agora que a Caixa tem na presidência um gestor reconhecidamente hábil, o encerramento da agência em Almeida tenha sido tratado de forma tão tosca que o tenha tornado em caso de amplitude nacional.
A acumulação de perdas astronómicas da Caixa, que os contribuintes são obrigados a pagar, decorreram, e não sei se não continuam ainda a decorrer, de operações de crédito concedidas, malevolamente, a figurões, alguns publicamente conhecidos, outros incompreensivelmente mantidos no anonimato, que, por várias vias, estoiraram os créditos e ferraram os calotes.
O que se passa neste campo pantanoso?
Quanto valem esses calotes, incobrados, hoje mais ambiguamente designados por imparidades?
Quem deve e não paga aquilo a que todos os contribuintes são convocado a pagar?
Que foi feito das fortunas que eles construíram e desviaram para parte incerta?
Que programa, que plano, que estratégia, tem o sr. Paulo Macedo e a sua equipa para fazer pagar a estes fulanos aquilo que devem? Todo o país tem direito a uma informação bastante, a decisões que garantam que a justiça neste processo não obrigue, também Almeida, a pagar os calotes de gente que continua a pavonear-se por esse mundo fora.
Encerrar a Caixa em Almeida é uma decisão risível perante a enormidade das perdas resultantes das moscambilhas cometidas por anteriores administrações da Caixa.
Se a agência da Caixa em Almeida tem de ser encerrada, trate prioritariamente a actual administração de recuperar aquilo que fundamentalmente conta no desequilíbrio da Caixa.
No comments:
Post a Comment