Wednesday, April 01, 2015

A FELICIDADE JÁ NÃO MORA CÁ

O tema é recorrente: o que é que faz as pessoas felizes?
Explicações, há muitas, sendo aquela que garante que o dinheiro não dá felicidade mas ajuda bastante que parece recolher mais generalizado consenso.
O Economist de ontem comenta, vd. aqui, os resultados de um inquérito do Eurostat de auto avaliação do grau de felicidade dos europeus. E as conclusões são, em grande medida, as esperadas:  portugueses e gregos atribuem-se graus de felicidade que os remetem para os penúltimo e último lugar num grupo de 14 membros da UE. 

Salienta o articulista do Economist que os graus de felicidade declarados pelos inquiridos parecem estar correlacionados primordialmente com o posicionamento geográfico e, em segundo lugar, pelos níveis de rendimento. Uma conclusão aparentemente surpreendente para um olhar meridional habituado a ver nos nórdicos uma contenção exterior sorumbática moldada pelo calvinismo, níveis de suicídio mais elevados a norte que a sul, onde, apesar da ilusão das aparências, a propensão dos europeus da orla mediterrânica para o epicurismo constituir um vício que os do norte lhes apontam.

Outro quadro comentado é este, c/p acima, que analisa outros factores. 
Não surpreendente é o grau de infelicidade manifestado pelos velhos do sul acima dos 75 anos em contraste com a sorte dos homólogos  escandinavos e, melhor ainda para eles, dos britânicos.
Curiosa, mas não surprendente, é a coincidência dos graus de menos felicidade dos solteiros independentemente do seu posicionamento geográfico na Europa.

2 comments:

IsabelPS said...

Independentemente de tudo o resto, o que se pode esperar dum país onde a resposta normal à pergunta de cortesia "Como está?" é "Vai-se andando..."?

Rui Fonseca said...


Isabel,

Pior que o "vai-se andando" é perguntar-se a alguém, "Como está?" e ele (ou ela) debulhar-se num coro de lamentações.