Wednesday, April 10, 2013

O JOGO DA BOLA

O recentemente eleito presidente do Sporting acusa a banca de pôr em causa o futebol profissional do clube. E porquê? Porque o senhor Bruno de Carvalho prometeu resolver os problemas financeiros do clube sem ter antecipadamente obtido dos bancos credores qualquer garantia de sucesso. Com base na promessa sem suporte foi eleito presidente e a presença no palco público que o cargo lhe confere. Uma táctica que também serve para guindar candidatos políticos a primeiros-ministros. BES e BCP (este com uma recapitalização intermediada pelo Estado que por pouco não atinge a totalidade dos capitais próprios) estão na disposição de conceder 40 milhões mas o Bruno diz que é pouco e que este impasse pode provocar o colapso do futebol profissional do clube.
Este homem deveria substituir Vitor Gaspar.
 
Empréstimo obrigacionista de 45 milhões ( a 3 anos, 7,25% de juros) não evita que Benfica venha a vender jogadores. Outro à procura da rolha. Mas há mais. Durante anos e anos a promiscuidade entre o futebol, a politica, a construção civil e algumas actividades manhosas foi por demais evidente. O expoente máximo dessa interligação perversa foi a construção de 10 estádios para o Euro 2004, metade dos quais não tem utilização regular. Custaram 665 milhões de euros no tempo do senhor primeiro-ministro António Guterres.
 
São estes e outros sinais que aos olhos dos alemães e companheiros do norte evidenciam o desregramento com que se utilizaram os fundos que nos concederam ou os seus bancos imponderadamente emprestaram  e agora querem forçadamente de volta. Não vão ter. Sobretudo se, para usar o argumento do Bruno, provocarem  o colapso do clube.  

1 comment:

Bartolomeu said...

Chegámos ao ponto em que « o colapso do clube » deixou de ser evitável.
Já nada, nem ninguém, " do clube ", ou fora dele, poderá reequilibra-lo. E, como não se pode fechar o "estádio" e emigrar em colectivo, resta-nos a solução de deixar de competir na "liga Europa" e passar a dedicar-nos somente ao "campeonato nacional".
Passando assim a fabricar as próprias bolas e equipamentos, a treinar os jogadores nacionais e a tentar exportar equipamentos de qualidade superior, manufacturados.
Talvez assim, consigamos ganhar para a buxa...