Tuesday, April 16, 2013

ENCENAÇÕES

Para uma tragédia sem fim à vista. A direcção do PS encena uma recusa a subscrever qualquer proposta do primeiro-ministro de compromisso com as exigências da troica no rescaldo do chumbo parcial do Tribunal Constitucional e faz saber que vê convite do primeiro ministro para uma reunião com o líder dos socialistas como encenação. Não é.
 
Passos Coelho está cercado.
Se Seguro rejeitar qualquer apoio às medidas que o governo já assumiu perante a troica, a coligação que suporta o executivo terá os dias contados.
 
Aliás, repito-me, já tinha desde o momento em que Passos Coelho se convenceu, erradamente, que lhe seria possível governar sem amarrar o PS à execução do memorando que o trio assinou com a troica. O que fará Seguro se o poder lhe cair inanimado nos braços? Nada, se, também ele, pensa que conseguirá governar sem um apoio que extravase o apoio do seu próprio partido, mesmo se esse opoio significar uma larga maioria absoluta.
 
Porque há um incontornável dirty job a que nenhum governo pode escapar, capaz de derrubar todo e qualquer governo que se proponha enfrentá-lo de caras e sem ajudas.   

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