A generalidade dos analistas e colunistas geralmente mais citados mostra cepticismo quanto aos resultados da cimeira europeia que tem início amanhã e se prolonga no dia seguinte. Martin Wolf e Wolfgang Münchau, do FT, entre outros, têm-se desdobrado em múltiplas análises e propostas para a solução da crise, algumas das quais vêm sendo agarradas por alguns líderes europeus sem, contudo, terem conseguido o consenso suficiente para serem adoptadas.
Na edição de hoje do FT, MW afirma logo a abrir o seu artigo - Look Beyond summits for euro salvation -, "Mais uma vez, a UE reune-se para resolver a crise da zona euro. Mais uma vez, é provável que a UE fique longe de uma solução convincente". Por seu lado, o Economist considera o documento de Van Rompuy, divulgado ontem, a que me referi aqui, "uma proposta delicada, e conclui que é muito provável que a cimeira europeia desta semana seja decepcionante, concorrendo para mais uma ronda de pânico nos mercados."
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Estes quadros, publicados no artigo de MF que comecei por referir, são bastante elucidativos que não é, antes pelo contrário, o maior endividamento global da UE que coloca o seu sistema financeiro em posição mais fragilizada que o dos EUA. O que é significativamente diferente é a união política norte-americana que garante a união monetária, que não existe na UE, que Angela Merkel diz querer prosseguir, só não diz quando.
Obviamente, já toda a gente percebeu que não é Angela Merkel que decididamente impede o avanço para uma maior coesão europeia mas os eleitores alemães. Mas, por outro lado, não é adquirido que esse avanço para uma maior integração política seja aplaudido pelos eleitores dos restantes membros da UE de forma maioritária. O referendo para a Constituição Europeia chumbou em França e na Holanda, o Tratado de Lisboa contornou as dificuldades de um consenso unânime mas encravou o processo de integração e, ainda assim, a Irlanda reclamou excepções.
Esse processo está agora a ser prementemente empurrado pelas piores razões: pela crise que se alastra e ameça desmoronar a UE. Sendo uma crise económica e financeira as sucessivas tentativas para a ultrapassar têm sido, até agora, unicamente da mesma natureza. Daí os repetidos fracassos.
A solução ou também é política ou não há solução. E muito menos com um superministro das finanças às ordens de Berlim.
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Act.
Angela Merkel irá a la cumbre europea de Bruselas preparada para pelear por el aumento de los controles fiscales y, según ha insistido este miércoles, contra la colectivización de las deudas de los socios de la Unión. En una declaración gubernamental ante el pleno de la Cámara baja parlamentaria (Bundestag), la canciller federal criticó las recientes propuestas de los líderes de la UE para salir de la crisis asegurando que adolecen de “un claro desequilibrio entre responsabilidad y control”. Merkel ha dicho compartir “la noción de que la unión monetaria necesita cuatro elementos para ser estable: la colaboración integrada de los institutos financieros relevantes; una política fiscal integrada; un marco para armonizar las políticas económicas y de competitividad; la legitimación democrática de esa colaboración reforzada de los Estados de la eurozona”. (El País)
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Act.
Angela Merkel irá a la cumbre europea de Bruselas preparada para pelear por el aumento de los controles fiscales y, según ha insistido este miércoles, contra la colectivización de las deudas de los socios de la Unión. En una declaración gubernamental ante el pleno de la Cámara baja parlamentaria (Bundestag), la canciller federal criticó las recientes propuestas de los líderes de la UE para salir de la crisis asegurando que adolecen de “un claro desequilibrio entre responsabilidad y control”. Merkel ha dicho compartir “la noción de que la unión monetaria necesita cuatro elementos para ser estable: la colaboración integrada de los institutos financieros relevantes; una política fiscal integrada; un marco para armonizar las políticas económicas y de competitividad; la legitimación democrática de esa colaboración reforzada de los Estados de la eurozona”. (El País)
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