O PM português deslocou-se à América Latina para assistir à Conferência das Nações Unidas Rio+20 e, de passagem, visita o Peru e a Colômbia, e terá uma reunião com a presidente do Brasil. Com a comitiva do governo portugyuês, foram 60 empresários e a fadista Carminho. O objectivo anunciado para esta visita a dois países atravessados nos Andes é a internacionalização da economia portuguesa fora dos mercados tradicionais. E, além disso, promover o programa de privatizações que faz parte do plano de ajuda externa da troica.
Quando ouvi a notícia perguntei-me, surpreendido com a estratégia - O que é que temos nós para vender ou trocar do lado de lá do continente sul americano? Que capitais peruanos ou colombianos podem interessar-se pela economia portuguesa? -, e não consegui ponta por onde por onde pudesse pegar uma resposta, para além da hipótese inconfessável da lavagem de dinheiro do tráfico de droga, que, obviamente, não passa pelo esforço de uma comitiva tão notada nem pelo fado, por melhor cantado que seja. E não pensei mais no assunto. As numerosas comitivas presidenciais ou do governo que se deslocam ao estrangeiro competem entre si para arejar e dar ao dente. Quanto a resultados, esquece-os o tempo.
Mas eis que, agora mesmo, leio no JN online que " O contrato de investimento firmado em Março de 2011 com JP Sá Couto acaba de ser "rasgado" pelo Governo. Motivo: a JP Sá Couto, que acaba de anunciar que quer vender 40 mil "Magalhães" ao Peru, está em incumprimento e "não demonstra manter as condições de financiamento" para construir a fábrica de computadores de 10,9 milhões de euros. A JP Sá Couto foi uma de cerca de 50 empresas que estiveram em Lima, capital peruana, para participar num encontro empresarial organizado pela AICEP, que contou com a presença do primeiro-ministro, Passos Coelho."
E a mim, que não me tinha lembrado dos "Magalhães"!, ocorre-me uma sugestão a João Paulo Sá Couto: Arranje um sócio andino, peruano ou, colombiano, chileno ou boliviano, tanto faz, desde que tenha capitais soltos à espera de entrarem no mercado. Quanto à promoção e venda dos "Magalhães", é escusado dizer-lhe, quem percebe disso é o senhor engenheiro Sócrates. Convide-o, e borrife-se nesta transitória contrariedade. Com o senhor engenheiro Sócrates à frente do departamento comercial da JP Sá couto, os "Magalhães" vendem-se como pãezinhos quentes. Quem é o asno do andino que pode ficar indiferente a uma oportunidade destas?
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