Saturday, June 23, 2012

ATRÁS DAS BALIZAS

Eu nunca lá conseguiria chegar se não me tivesse sido dada uma dica, e ver para crer.

A questão é esta: Faz sentido que uma instituição, mesmo que seja considerada de utilidade pública, receba subsídios do Estado (o mesmo é dizer que eu também pago) quando a referida instituição revela nas suas contas do exercício terminado em 30 de Junho de 2011 que detinha nessa altura (agora poderá ter mais porque não se vislumbram razões para ter menos)

- Depósitos a Prazo .............................. 14,625 milhões de euros
- Depósitos à Ordem ............................   3,434 milhões de euros .................. ?

Pois esta instituição, que é senhora de depósitos bancários que ultrapassavam os 18 milhões de euros, encaixou, entre Julho de 2010 e Junho de 2011, subsídios do Estado (para os quais, é bom não esquecer, também fui obrigado a pagar o couro e o cabelo) no montante de 6 milhões de euros!

As contas estão aqui.

De um modo geral, faz sentido que o Estado subsidie quem não precisa? O caso da FPF é escandaloso pelos montantes envolvidos, mas está muito longe de ser único. Há milhares de casos, menores e maiores.

Da mesma fonte, ouvi o seguinte relato:

Há uns atrás, ainda em Portugal a moeda era o escudo e o conto a medida com que se faziam as contas dos mais abonados, um Presidente da República Portruguesa foi receber "doutoramento honoris causa" numa Universidade num país distante. Como é da praxe, o doutorando fez-se acompanhar de luzidia companhia oficial que incluia alguns dos mais destacados empresários, à conta do Orçamento. Tudo pago e um "pocket money" de 80 contos para cada figurante. 

Evidentemente, por que não?, até o tipo mais rico cá do sítio embolsou os 80 contos para os pequenos gastos.

Pagou o Fonseca, pois claro!


1 comment:

Anonymous said...

Isso mesmo, poupadinhos, e depois, fomos "nós" que andamos a gastar acima das nossas possibilidades, safa, que dá revolta.