A protecção do sector não transaccionável continua praticamente intocada, "Se dúvidas houver, vejam-se os aumentos salariais aí praticados quando a economia está em profunda recessão e o desemprego em 15%". - Vítor Bento/Negócios On line.
Ainda há pouco menos de um ano não se falava de outra coisa. A campanha eleitoral, aliás, centrou-se em grande medida na necessidade de alterar as condições que favoreceram o esplendor dos sectores não transaccionáveis da economia e potenciaram o definhamento daqueles que têm de se bater com a concorrência dos mercados externos. Vítor Bento, que há vários anos denunciou esse trajecto perverso da economia portuguesa, e das suas consequências dramáticas, entre as quais o aumento do desemprego, denuncia agora que tudo continua como dantes, e que são evidentes os sinais exteriores desse facto.
Recentemente, respondi, e coloquei aqui cópia dessa resposta, a um e-mail defensor das rendas pagas a um desses sectores não transaccionáveis, na parte em que opera em Portugal, que rematei assim: Ainda não há muito tempo a discussão centrava-se nos privilégios dos não transaccionáveis relativamente aos transaccionáveis. Ora, em geral, para estes a factura da energia conta que se farta. Se nada pode ser feito a respeito das rendas, eles, os transaccionáveis, estão feitos. Ou não?
Em outros apontamentos tenho repetidamente anotado que o Ministério da Economia não está na Horta Seca mas nos bancos, e estes, com particular destaque para a CGD, por ser banco do estado, depois de terem afogado o país (estado, empresas, famílias) com endividamento insuportável, continuam a privilegiar o financiamento de operações especulativas, mantendo-se desinteressados dos sectores transaccionáveis. Com o consentimento tácito, quando não conivente, do governo.
Aliás, desse desinteresse, que em Portugal é dramático, parece comungar o sistema financeiro nos países economicamente mais fragilizados, a avaliar pela resposta do presidente do BCE quando, a propósito da injecção de 1 bilião de euros de liquidez disse desconhecer se o crédito barato já estaria a chegar às PME. (aqui). Uma resposta que implicitamente reconhece que nenhuma política monetária, para além daquela que decorre exclusivamente dos interesses dos próprios banqueiros, concorre para o reforço da competitividade da economia europeia no contexto mundial.
Neste, como em outros aspectos, em Portugal a situação não é idêntica à de outros membros do euro porque é agravada.
Ainda há pouco menos de um ano não se falava de outra coisa. A campanha eleitoral, aliás, centrou-se em grande medida na necessidade de alterar as condições que favoreceram o esplendor dos sectores não transaccionáveis da economia e potenciaram o definhamento daqueles que têm de se bater com a concorrência dos mercados externos. Vítor Bento, que há vários anos denunciou esse trajecto perverso da economia portuguesa, e das suas consequências dramáticas, entre as quais o aumento do desemprego, denuncia agora que tudo continua como dantes, e que são evidentes os sinais exteriores desse facto.
Recentemente, respondi, e coloquei aqui cópia dessa resposta, a um e-mail defensor das rendas pagas a um desses sectores não transaccionáveis, na parte em que opera em Portugal, que rematei assim: Ainda não há muito tempo a discussão centrava-se nos privilégios dos não transaccionáveis relativamente aos transaccionáveis. Ora, em geral, para estes a factura da energia conta que se farta. Se nada pode ser feito a respeito das rendas, eles, os transaccionáveis, estão feitos. Ou não?
Em outros apontamentos tenho repetidamente anotado que o Ministério da Economia não está na Horta Seca mas nos bancos, e estes, com particular destaque para a CGD, por ser banco do estado, depois de terem afogado o país (estado, empresas, famílias) com endividamento insuportável, continuam a privilegiar o financiamento de operações especulativas, mantendo-se desinteressados dos sectores transaccionáveis. Com o consentimento tácito, quando não conivente, do governo.
Aliás, desse desinteresse, que em Portugal é dramático, parece comungar o sistema financeiro nos países economicamente mais fragilizados, a avaliar pela resposta do presidente do BCE quando, a propósito da injecção de 1 bilião de euros de liquidez disse desconhecer se o crédito barato já estaria a chegar às PME. (aqui). Uma resposta que implicitamente reconhece que nenhuma política monetária, para além daquela que decorre exclusivamente dos interesses dos próprios banqueiros, concorre para o reforço da competitividade da economia europeia no contexto mundial.
Neste, como em outros aspectos, em Portugal a situação não é idêntica à de outros membros do euro porque é agravada.
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