Nouriel Roubini afirmava aqui há um ano que "a Zona Euro pode colapsar dentro de dias". Não colapsou.
Hoje, o mesmo Nouriel Roubini recomenda no FT (resumido aqui) um divórcio amigável para cinco dos actuais 17 membros do euro: Grécia, Portugal, Espanha, Itália e Irlanda.
É muito divórcio junto.
Nouriel Roubini tornou-se famoso por ter sido, se não o primeiro, um dos primeiros a denunciar a perversidade da vaga subprime nos EUA e a prever as consequências demolidoras dessa prática, aliás muito visível em pequenos anúncios, colocados ao longo das ruas e das vias rápidas, que prometiam empréstimos na hora para a compra imediata de casa. Na blogosfera portuguesa, o Aliás foi seguramente um dos primeiros, se não o primeiro, a dar conta dessa previsão de Roubini, publicada no Washington Post. Tratava-se de denunciar um segredo de polichinelo tão evidentes eram os sinais de que o crédito inseguro andava a ser distribuido por todo o lado, a rodos.
Roubini, a partir daí, passou a ser o oráculo mais concorrido e reverenciado. Não é tolo, e tira partido da veneração como qualquer santo milagreiro. E o que diz e escreve hoje, mesmo que seja desmentido pelos factos amanhã, continua a merecer crédito sem contrapartida de garantias. Que, evidentemente, não poderia dar. Tal como as agências de rating, os analistas financeiros, os oráculos financeiros, os assessores financeiros, palpitam mas não arriscam.
Roubini, desta feita, recomenda o divórcio amigável de cinco parceiros da eurozona. Mas, hélas!, não avança com detalhes, porque é neles que o diabo se mete, mas sempre vai avisando que a coisa, mesmo amigavelmente, será complicada porque se o retorno às moedas fracas aumenta a competitividade (falta saber quanto e durante quanto tempo) não pode haver um desligamento tão significativo que leve a uma guerra de desvalorizações competitivas que desmorone a União Europeia.
Nada que não se soubesse já.
É muito divórcio junto.
Nouriel Roubini tornou-se famoso por ter sido, se não o primeiro, um dos primeiros a denunciar a perversidade da vaga subprime nos EUA e a prever as consequências demolidoras dessa prática, aliás muito visível em pequenos anúncios, colocados ao longo das ruas e das vias rápidas, que prometiam empréstimos na hora para a compra imediata de casa. Na blogosfera portuguesa, o Aliás foi seguramente um dos primeiros, se não o primeiro, a dar conta dessa previsão de Roubini, publicada no Washington Post. Tratava-se de denunciar um segredo de polichinelo tão evidentes eram os sinais de que o crédito inseguro andava a ser distribuido por todo o lado, a rodos.
Roubini, a partir daí, passou a ser o oráculo mais concorrido e reverenciado. Não é tolo, e tira partido da veneração como qualquer santo milagreiro. E o que diz e escreve hoje, mesmo que seja desmentido pelos factos amanhã, continua a merecer crédito sem contrapartida de garantias. Que, evidentemente, não poderia dar. Tal como as agências de rating, os analistas financeiros, os oráculos financeiros, os assessores financeiros, palpitam mas não arriscam.
Roubini, desta feita, recomenda o divórcio amigável de cinco parceiros da eurozona. Mas, hélas!, não avança com detalhes, porque é neles que o diabo se mete, mas sempre vai avisando que a coisa, mesmo amigavelmente, será complicada porque se o retorno às moedas fracas aumenta a competitividade (falta saber quanto e durante quanto tempo) não pode haver um desligamento tão significativo que leve a uma guerra de desvalorizações competitivas que desmorone a União Europeia.
Nada que não se soubesse já.
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