Os Caixeiros (entenda-se, administradores da CGD; não confundir com a honrada classe que agora se designa por empregados de balcão) continuam envolvidos em negócios obscuros, e essa obscuridade não é uma cabala inventada por fontes sibilinamente incógnitas: O PS quer ouvir no Parlamento o ministro das Finanças e os presidentes da Caixa Geral de Depósitos (CGD) e da Cimpor para esclarecer os "contornos" da Oferta Pública de Aquisição (OPA) lançada pela Camargo Corrêa sobre a cimenteira portuguesa.
Esta iniciativa, dita socialista, só é admirável porque o PS nunca chamou ao Parlamento os personagens que ocupavam as posições homólogas nos governos anteriores quando o PS detinha maioria absoluta na AR e os Caixeiros da época fizeram negócios (por iniciativa própria ou a mando da tutela) com tanta ou mais obscuridade que estes cujos contornos se querem agora, e ainda bem, perceber.
Quando um dia for feita a história da Caixa na última década e do papel que desempenhou no exacerbamento da crise, privilegiando os sectores não transaccionáveis, as obras públicas e a construção civil, os negócios especulativos, o financiamento incontrolado do estado, o parqueamento a custos ainda incalculados do maior escândalo financeiro de sempre (que ainda tem portas abertas e dá pelo nome de BPN), perceber-se-á a dimensão dos estragos causados por ela.
Dir-se-á, e com alguma razão, que os Caixeiros são paus mandados pelos governos e o presidente do conselho de administração é o pombo correio entre o Terreiro do Paço e o mastodonte ceaucesquiano da Av. João XXI. Mas é uma razão obscura que nem este governo nem esta oposição querem decididamente descobrir. Ao ponto de lhe outorgarem a carta de instituição em regime de concorrência e, deste modo, isentarem os Caixeiros de contributo para a crise de que eles foram, e continuam a ser, dos maiores culpados.
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Act.- Além de Vítor Gaspar e dos presidentes da Caixa e da Cimpor, PS pretende ouvir Queiroz Pereira e António Borges. A Caixa Geral de Depósitos (CGD) vai ter de explicar no Parlamento porque se comprometeu desde a primeira hora a vender os 9,58% que detém na Cimpor na oferta pública de aquisição (OPA) lançada pela Camargo Corrêa. E porque razão anunciou a decisão de vender a 5,5 euros por acção da cimenteira, quando neste momento tem em cima da mesa uma proposta, apresentada por Pedro Queiroz Pereira, que avalia cada um dos seus títulos a 5,75 euros. aqui
Quando um dia for feita a história da Caixa na última década e do papel que desempenhou no exacerbamento da crise, privilegiando os sectores não transaccionáveis, as obras públicas e a construção civil, os negócios especulativos, o financiamento incontrolado do estado, o parqueamento a custos ainda incalculados do maior escândalo financeiro de sempre (que ainda tem portas abertas e dá pelo nome de BPN), perceber-se-á a dimensão dos estragos causados por ela.
Dir-se-á, e com alguma razão, que os Caixeiros são paus mandados pelos governos e o presidente do conselho de administração é o pombo correio entre o Terreiro do Paço e o mastodonte ceaucesquiano da Av. João XXI. Mas é uma razão obscura que nem este governo nem esta oposição querem decididamente descobrir. Ao ponto de lhe outorgarem a carta de instituição em regime de concorrência e, deste modo, isentarem os Caixeiros de contributo para a crise de que eles foram, e continuam a ser, dos maiores culpados.
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Act.- Além de Vítor Gaspar e dos presidentes da Caixa e da Cimpor, PS pretende ouvir Queiroz Pereira e António Borges. A Caixa Geral de Depósitos (CGD) vai ter de explicar no Parlamento porque se comprometeu desde a primeira hora a vender os 9,58% que detém na Cimpor na oferta pública de aquisição (OPA) lançada pela Camargo Corrêa. E porque razão anunciou a decisão de vender a 5,5 euros por acção da cimenteira, quando neste momento tem em cima da mesa uma proposta, apresentada por Pedro Queiroz Pereira, que avalia cada um dos seus títulos a 5,75 euros. aqui
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