Wednesday, April 25, 2012

MORTALIDADE JOVEM

É frequente o justo regozijo com que são citados os progressos feitos em Portugal na redução da taxa de mortalidade infantil: Portugal progrediu em poucas décadas da cauda dos países desenvolvidos para os lugares cimeiros das mais baixas taxas de mortalidade até aos cinco anos de idade (vd. aqui).

Há, no entanto, uma dolorosa realidade que não tem sido citada: a mortalidade juvenil (entre os 10 e os 24 anos). O gráfico publicado no Economist retrata essa realidade que deveria merecer a atenção de quem tem obrigações na matéria, desde os governantes às famílias passando pelos media e pela escola. Mas, pelos vistos, ainda ninguém reparou nem adiantou soluções.

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Das causas discriminadas, a mais mortífera da juventude portuguesa são os acidentes rodoviários, uma praga que tem, certamente, origem nos hábitos de consumo de alcool de muitos jovens portugueses.  
Portugal encontra-se nos lugares cimeiros, segundo a OMS, no consumo de alcool per capita.
Trata-se, aliás, de uma posição em que os portugueses têm mantido desde há muito tempo, ainda que muita gente queira duvidar dos dados da OMS.

Com uma taxa de natalidade das mais baixas do mundo, a taxa de mortalidade juvenil é mais um dos factores do reduzido crescimento demográfico do País.

Insisto nisto: Portugal deveria adoptar uma lei que restringisse a venda de bebidas alcoolicas a menores de 18 anos e a venda de bebidas de alto teor alcoolico (geralmente importadas) a locais exclusivamente dedicados a esse negócio. 

Obs.- Como sempre tenho afirmado quando abordo este tema, reafirmo que não sou abstémio. 

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