Wednesday, January 07, 2009

MARGEM DE MANOBRA

O Euro, nós e os outros
O endividamento da economia portuguesa vai tornar mais difícil a saída da crise: é preciso gastar mais para estimular a economia e é preciso poupar mais para pagar as dívidas. Com a economia em recessão, não é possível fazer as duas coisas em simultâneo.
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É difícil mas pode dar-se um jeito, se quisermos.
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Uma das principais facturas pagas ao exterior é a da energia, sobretudo de petróleo.
Está mais que provado que a produtividade do consumo energético em Portugal é baixíssima. Por outras palavras: somos dependentes e relaxados.
Deveria, por outro lado, incentivar-se a utilização dos transportes suburbanos colectivos penalizando-se o trânsito de viaturas com um só ocupante. As taxas cobradas num lado deveriam reverter para o subsídio do transporte no outro.
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Há muito a fazer neste campo e algumas medidas poderiam ter impacto imediato.Mas não ouço ninguém preocupar-se com isso. Estarei surdo ou errado?
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Os incentivos fiscais aos investimentos deveriam privilegiar as produções transaccionáveis e penalizar os monopólios de facto e as financeiras.
Os subsídios ao emprego em sectores exportadores deveriam sobrepor-se ao subsídio ao desemprego de longo prazo.
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Por exemplo.
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Difícil é, mas mesmo assim há alguma margem de manobra. Tentar resolver o problema sem interferir com alguns interesses particulares, então sim, é impossível.

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