A imagem que transcrevo do Washington Post de hoje procura dar uma ideia das enormes reduções dos valores de capitalização dos principais bancos norte-americanos, europeus e japoneses entre meados de 2007 e ontem, e ilustra um artigo - Treasury Moves to Restrict Lobbyists From Influencing Bailout Program - acerca da questão do momento: Que medidas (e como, e em que quantidade) podem parar a espiral para o abismo em que o sistema financeiro embarcou?
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E, naturalmente, agora mais que nunca, as pressões junto dos decisores governamentais por parte daqueles, ou dos seus representados, que perderam o controlo da situação por culpas próprias, é enorme. Até onde poderão ir as cedências aos infractores sem que essas cedências sejam pagas pelos contribuintes em geral, que estão isentos de culpas? É esse o nó górdio que não se pode desatar sem riscos gerais.
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"American taxpayers deserve to know that their money is spent in the most effective way to stabilize the financial system," Geithner said in a statement yesterday. "Today's actions reaffirm our commitment toward that goal."
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A procura do melhor caminho passa sempre pelo contributo dos contribuintes. Se passa, e não parece haver outra via, não deveria o sistema mudar de mãos? Porque não?
Anteontem, foi notícia que os accionistas do Barklays recusaram a nacionalização e as cotações subiram num só dia 70%. Há alguma razão para considerar a valorização de uma empresa cotada, financeira ou não financeira, a partir da cotação de um dia? Alguém acredita que uma intervenção massiva na bolsa em substituição dos bailouts deixaria as cotações sem reacção fortemente positiva? Até agora, os bailouts têm-se afundado em poços sem fundo.
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"Insanity is doing the same thing over and over again, expecting different results" - Albert Einstein.
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Provadamente, este caminho não leva a lado nenhum. Escolham outro.
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