Tuesday, September 30, 2008

ASSALTOS VIRTUOSOS

Depois do assalto à casa de família do Procurador Geral da República, do roubo de uma caixa multibanco do tribunal de Cascais, do assalto ao escritório do deputado Vitalino Canas, e de outros exercícios ousados de roubalheira, é notícia hoje o assalto à Direcção de combate ao banditismo da PJ. O assaltante foi apanhado, neste último caso, e colocado em prisão preventiva.
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Há assaltantes com sentido de humor. A prisão preventiva aplicada é claramente desmesurada quando foram colocados em liberdade a aguardar julgamento outros criminosos nitidamente mais perigosos. À PJ, decididamente, também falta sentido de humor. Afinal este "hacker" ao conseguir entrar no sistema de segurança da PJ, mostrou-lhes algumas da suas vulnerabilidades a troco de tuta e meia, que teve de devolver.
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Direcção de combate ao banditismo da PJ assaltada por escalamento

A DCCB que tem como missão combater a criminalidade violenta foi assaltada através de escalamento por um homem com antecedentes criminais, que conseguiu fugir mas acabaria por ser detido, anunciou hoje aquela polícia.
Na sequência do assalto, a Polícia Judiciária (PJ) determinou a abertura de um inquérito interno para “reavaliação de procedimentos de segurança e apuramento de eventuais responsabilidades disciplinares”, refere a PJ em comunicado.
O homem, 31 anos, entrou “furtivamente” no edifício da Direcção Central de Combate ao Banditismo (DCCB), em Lisboa, na madrugada de sábado, tendo roubado alguns objectos, que foram recuperados posteriormente, adianta a nota, sem precisar o valor do assalto.
“O arguido, toxicodependente e com largos antecedentes por crimes contra a propriedade, foi rapidamente identificado e detido ainda no próprio dia 27 de Setembro, pouco tempo depois da prática dos factos, tendo sido recuperados todos os objectos furtados”, refere a Polícia Judiciária.
Presente a primeiro interrogatório judicial foi-lhe aplicada a medida de coacção de prisão preventiva.

A BATALHA DO IRAQUE



via A destreza das dúvidas

QUEM PODE TRAMAR OBAMA?

Osama, pode.








Monday, September 29, 2008

NINGUÉM QUER PAGAR A CONTA

O voto no Plano Paulson tem custos políticos que nenhum dos partidos quer assumir isolado. Os Republicanos aprontavam-se para carregar o ónus nos democratas. Pelosi deve ter contado as armas e os democratas recuaram em número suficiente para não pagarem só eles a conta. A factura voltou para as mãos de Bush. O próximo episódio segue amanhã ou depois.
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Pelosi Tips the Scales?
The more that I think about this, the more I think that the failure of the bailout package in Congress today was something of an inevitability -- perhaps the only way to right the perverse incentives that had been at work.The Republicans' best-case scenario was the bill passing the House by one vote -- with as few as those votes as possible coming from Republicans.Their worst-case scenario for them might have been ... what just happened this afternoon. Opposing the bailout had been a political freeroll before because it wasn't manifest to the public what the risks of a nay vote would be. But with the Dow having dropped 780 points today, the risks are now painfully obvious. What had looked to be a politically prudent position 24 hours ago now looks cavalier and reckless. And yet, the Republicans will still by and large will get blamed for putting us in this predicament in the first place. Plus, the failure of the bill is an embarrassment to John McCain...I'm not saying that Pelosi's ostensibly partisan speech today (which I still haven't heard) was a deliberate attempt to sabotage the bill. The margin was such that the bill was almost certainly headed for failure regardless. But her risks were pretty well hedged if the bill failed -- much better, it turns out, than the Republicans' were. Roy Blunt and John Boehner ought to have known to build in a fudge factor. They didn't, and now their party is liable to suffer as a result.
There's More...

BRINCANDO COM O FOGO

Dow Suffers a Historic Drop, Falling 778 Points in Single Day


De forma não completamente inesperada (as eleições para o Congresso colocam os congressistas entre a espada e a parede) a maioria dos republicanos (130) votou contra a proposta de resgate do sistema financeiro e uma parte importante (94) dos democratas fez o mesmo. A partir daqui a incógnita acerca do futuro da economia norte-americana, e por arrastamento a economia mundial, ganhou uma dimensão de consequências que ninguém certamente saberá agora dimensionar.
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A menos que alguns daqueles que hoje votaram contra mudem de opinião amanhã, a pretensa coerência dos rebeldes afundará muitos colossos de barro e as ondas desse afundamento afogarão sobretudo os mais vulneráveis. A inflação atingirá sobretudo os que detêm menos poder reivindicativo. Os grandes responsáveis terão entretanto encontrado abrigos sossegados.
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Qualquer que seja o rumo que os acontecimentos vierem a tomar, amanhã começa o séc XXI.
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House Narrowly Defeats Bailout Legislation
President Bush Had Urged Quick Approval
By
Paul Kane and Lori Montgomery

Washington Post Staff Writers Monday, September 29, 2008; 2:42 PM
In a narrow vote, the House today
rejected the most sweeping government intervention into the nation's financial markets since the Great Depression, refusing to grant the Treasury Department the power to purchase up to $700 billion in the troubled assets that are at the heart of the U.S. financial crisis.
The
228-205 vote amounted to a stinging rebuke to the Bush administration and Treasury Secretary Henry M. Paulson Jr., and was sure to sow massive anxiety in world markets. Just 11 days ago, Paulson urged congressional leaders to quickly approve the bailout. He warned that inaction would lead to a seizure of credit markets and a virtual halt to the lending that allows Americans to acquire mortgages and other types of loans.
As it became apparent that the measure was heading to defeat, stock markets took a steep dive. The
Dow Jones industrial average fell more than 700 points but then rebounded a bit. Shortly before 4 p.m., the Dow was down more than 550 points. The Standard & Poor's 500-stock index was down 5.4 percent and the Nasdaq was off 6 percent.
After a week of intense debate in both party caucuses, House members opposed the bill just five weeks before they face voters in an election that is shaping up as a referendum on the economy.
"Today's the decision day. I wish it weren't the case," said Rep. Barney Frank (D-Mass.), chairman of the House Financial Services Committee, who kicked off three hours of impassioned debate just as the opening bell sounded on Wall Street this morning.
Global markets have followed the congressional negotiations closely since Paulson's dire warnings to congressional leaders in a Sept. 18 nighttime meeting in the offices of House Speaker Nancy Pelosi (D-Calif.). As debate began today, news broke that
Citigroup was purchasing another troubled bank, Wachovia, and an hour into the debate the Dow Jones industrial average had dropped by 285 points.
The bailout plan would have allowed Paulson to spend up to $700 billion to relieve faltering banks and other firms of bad assets backed by home mortgages, which are falling into foreclosure at record rates. Paulson, and his successor in the next administration, would have given the government broad latitude to purchase any assets from any firms at any price and to assemble a team of individuals and institutions to manage them. Paulson and others hoped to contain a crisis that already has caused the failure or forced the rescue of a half-dozen major Wall Street firms and unnerved markets around the world.
Before the debate started, Bush issued a final public plea urging lawmakers to support the plan, acknowledging that the vote will be "difficult" in the face of opposition from taxpayers and voters, but necessary to protect the economy. "A vote for this bill is a vote to prevent economic damage to you and your community," Bush said, attempting to undercut arguments that the proposed legislation bolsters Wall Street at taxpayers' expense. "This is a bold bill that will keep the crisis in our financial system from spreading through our economy."


Sunday, September 28, 2008

UMA QUESTÃO DE VÍRGULAS

Meu caro Rui,

Na sua aparente insignificância, a vírgula tem o poder de, mal colocada, adulterar aquilo que era nossa intenção exprimir.
Não é um poder reconhecido pela generalidade das pessoas, que tão descuidadamente a usam, e muitas vezes é até apoucado quando, por exemplo, se afirma "não mudo nem uma vírgula ao que escrevi".
E no entanto, como alguém bem alertou, "a vírgula muda uma opinião. Não queremos saber. Não, queremos saber".
No teu post "Quem tramou o Zé Comuna" afirmas tu que "com maiores ou menores custos, o sistema que fundamentalmente assenta na livre iniciativa e na economia de mercado, sobreviverá; o socialismo experimentado na URSS implodiu irremediavelmente".
Escrito como está, sem vírgulas, o que está portanto em causa é o socialismo experimentado na URSS e não o socialismo como doutrina pois, se fosse essa a tua intenção, terias decerto escrito "o socialismo, experimentado na URSS, implodiu irremediavelmente".
E isto é muito importante? perguntarás tu.
É, porque se houver vírgulas, a afirmação encerra uma insustentável certeza imprópria da preocupação metódica, rigorosa e analítica que se espera sempre de ti. Uma coisa seria a tua esperança ou vontade que o socialismo tenha implodido para sempre, que é uma opinião legítima e respeitável; outra, bem diferente, seria a afirmação categórica de que isso aconteceu, o que, podendo ser uma apetência de um zelote do liberalismo, excederia obviamente a tua competência.
Claro que uma hermenêutica mais rigorosa ao teu texto poderia porventura ter evitado estas lucubrações "virgulinas" já que afirmas, com igual convicção, que o sistema assente na economia do mercado sobreviverá.
Por enquanto dou-te o benefício da dúvida, por pensar que, na hipótese de teres prescindido propositadamente das vírgulas, terás admitido a coexistência dos dois sistemas. Do ponto de vista lógico, do mal o menos.

Um abraço

Artur



Meu Velho Amigo,

Fiquei satisfeitíssimo por receber o teu e-mail que tomei a liberdade de transcrever. Por duas razões, pelo menos: primeiro, pela vaidade que qualquer escriba experimenta quando percebe que alguém teve a pachorra suficiente para ler o que ele escreveu; segundo, porque o meu velho Amigo Artur, que está muito longe de ser um amigo velho, pegou numa vírgula para me confrontar com as minhas nada convencidas convicções. Agradeço-te, Artur, e espero que continues a honrar-me com as tuas críticas, sempre pertinentes e bem humoradas.

O diabo está nos detalhes e eu, reconheço, nem sempre presto a devida atenção à sinalética da vírgula que, se estiver na posição errada, nos conduz ao oposto do pretendido.
No caso em questão, contudo, não se pode marcar à vírgula falta de comparência. O socialismo, enquanto utopia, não implodirá nunca. O sistema que se sustentava nessa utopia implodiu na URSS. O PCP vem agora, através das teses que apresentará no próximo congresso, dizer o que já tinham dito e redito: foram os membros da nomenclatura os traidores da utopia.
O que me pareceu interessante nesta falta de originalidade dos dirigentes do PCP foi a circunstância de o fazerem ao mesmo tempo que Bush se queixava do mesmo: a ganância daqueles (amigos seus, muitos deles) que sabotaram o sistema.
O resto, admito-o sem reservas, é presunção minha: O capitalismo sobreviverá desta crise, a utopia socialista não será nunca exequível num contexto de ditadura. Porque só os mecanismos da democracia poderão garantir os serviços mínimos de sobrevivência dos sistemas de organização social e económica. Poderá o socialismo vingar num contexto de liberdade de opinião e de defesa do direito à propriedade privada? Creio que não.
A China é, na actualidade, o maior laboratório de experimentação da convivência da economia de mercado com um regime não democrático, segundo os padrões democráticos ocidentais. É essa compatibilidade e não a outra, do socialismo enquadrado por um sistema político formalmente não democrático, que está em causa.
Haverá outra? É possível. Mas, por enquanto, não se vislumbra.
Salvo melhor observação.
Um abraço
Rui

OS CLEPTOAUTARCAS

É raro o dia em que não apareçam nos jornais notícias de roubos de bens privados praticados por gangs esfomeados de droga ou de outra fome qualquer. Ultimamente têm-se intercalado com estas notícias de assaltos a bancos, ourivesarias, gasolineiras, carjacking, reportagens da prisão de assaltantes e de arsenais de armas. Mas à maior eficácia das polícias não tem correspondido uma redução significativa dos ladrões à solta, a julgar pela continuidade dos assaltos. Aliás, alguns juízes têm colaborado na reposição da força assaltante mandando para casa alguns apanhados, à espera de julgamento.
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Para além dos relatos dos assaltos à propriedade privada, enchem-se os jornais com reportagens de assaltos à propriedade pública, sendo, neste caso, a classe dos autarcas aquela que, pelo menos aparentemente, detém o maior campo de recrutamento de assaltantes. Alguns têm passado pela prisão, mas há quem se escape porque a justiça é lenta e as prescrições são o único processo que cumpre os prazos. Há casos emblemáticos (Fátima Felgueiras, Valentim Loureiro, Isaltino Morais) que se arrastam há anos sem fim à vista. Recentemente, VL voltou aos jornais envolvido num negócio de terrenos que quadriplicaram de preço na passagem entre o proprietário privado que os vendeu e os STTP que os comprou.
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Ontem, o Expresso dedicava duas páginas inteiras, ilustradas, acerca do regabofe que tem sido a gestão da propriedade municipal em Lisboa. Alguns depoimentos de responsáveis ou ex-responsáveis da câmara são bem elucidativos do grau de naturalidade do roubo: "Pedro Feist é vereador da Câmara de Lisboa desde o 25 de Abril ...diz que o poder "discricionário do vereador da habitação é "uma realidade histórica" ...". João Soares, ex-presidente também desvasloriza o caso: "Tanto quanto sei, as pessoas em causa (Santana e Lopes da Costa) vão ser ouvidas apenas como testemunhas e,sinceramente, não creio que o caso vá elém disso".
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O artigo do Expresso realça alguns números do caso desvalorizado pelos envolvidos:
- 1139 - número de edifícios dispersos que fazem parte do património da Câmara (números divulgados noutra notícia publicada há umas semanas atrás referiam que cerca de metade destes edifícios encontra-se degradada e abandonada)
- 3246 - número de fracções para habitação da Câmara. que os pode distribuir como entender (notícias recentes davam conta que o actual presidente determinou que, no futuro, a atribuição se faça por sorteio)
- 35 euros é o valor médio das rendas pelos inquilinos nestas casas.
- José Bastos, director do Departamento de Apoio aos Órgãos do Município tem um T1 em Telheiras desde 1989. Passou-o ao filho. Paga € 95 por mês.
- Isabel Soares, chefe do gabinete do vice-presidente Perestrello foi administradora da Gebalis e tem um T1 em Telheiras que deu ao filho. Propôs a compra por € 10 mil.
- Rosa Araújo, responsável da Segurança Social de Lisboa e Vale do Tejo tem direito a uma casa na Quinta dos Barros. Foi atribuída pela Câmara e tem uma renda técnica.
- Baptista-Bastos, escritor, há 14 anos recebeu uma casa em Benfica porque "não tinha condições económicas". Recusa dizer quanto paga.
- Motoristas de Santana - Uma casa para cada um porque moravam fora de Lisboa. Um deles nunca chegou a ocupá-la. O caso está na origem contra o ex-presidente.
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A actual vereadora, Ana Sara Brito, enfermeira de profissão, viveu 20 anos numa casa da CML, no centro de Lisboa, com uma renda de menos de 150 euros!
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Ana Sara Brito é bem o protótipo do político que se arrimou há muitos anos ao laxismo prevalecente em muitos órgãos do Estado e progrediu na escada viscosa até ao lugar em que, segundo Feist, historicamente tem poderes discricionários. Sem qualificações específicas para o cargo, ASB foi arvorada executiva de uma área sensível por mero conluio político. E aconteceu o inevitável: continuou as práticas cleptocratas com o maior entusiasmo e dedicação à causa estabelecida.
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Já o referi aqui no Aliás várias vezes: Enquanto o modelo de gestão autárquico não for alterado, retirando aos vereadores funções executivas, continuarão as conivências entre os representantes eleitos e os funcionários superiores das câmaras.
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Ninguém estará interessado nisso, dir-me-ão. Até ao dia em que a casa for abaixo, creio eu.

Saturday, September 27, 2008

IN THE NAME OF JESUS



Não faço uma pequena ideia das consequências que poderão ter nos resultados das eleições presidenciais norte-americanas este YouTube, aliás já retirado da origem, que filmou uma sessão de exorcismo a que submeteu a candidata à vice-presidência com McCain. As convicções religiosas estão a derivar de forma galopante para fanatismos que já não se distinguem das práticas de bruxaria. É o retorno à Idade Média no seu pior. Suportando-se o candidato republicano, ainda que certamente contariado, também nos pilares mais retrógrados do seu partido, terá de engolir mais este sapo.
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Um acidente que não poderia ocorrer do lado democrata sem o colocar de patas para o ar, arredando irremediavelmente o seu candidato da vitória.
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Friday, September 26, 2008

PARA A HISTÓRIA DA CRISE

Quem, no futuro, escrever sobre a crise em que o sistema financeiro norte-americano se encontra enredado, ameaçando alargar-se ao sistema financeiro global, um dos capítulos mais relevantes da história desta crise não poderá deixar de citar o artigo que hoje é publicado no New York Times relatando o essencial dos desencontros de ontem na Casa Branca a propósito da proposta de Bush, indigesta para muitos conservadores, para a desempanagem do sistema.
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De todo o artigo, o diálogo entre Paulson e Pelosi, é notável:
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“We’re in a serious economic crisis,” Mr. Bush told reporters as the meeting began shortly before 4 p.m. in the Cabinet Room, adding, “My hope is we can reach an agreement very shortly.”
But once the doors closed, the smooth-talking House Republican leader,
John A. Boehner of Ohio, surprised many in the room by declaring that his caucus could not support the plan to allow the government to buy distressed mortgage assets from ailing financial companies.
Mr. Boehner pressed an alternative that involved a smaller role for the government, and Mr. McCain, whose support of the deal is critical if fellow Republicans are to sign on, declined to take a stand.
The talks broke up in angry recriminations, according to accounts provided by a participant and others who were briefed on the session, and were followed by dueling news conferences and interviews rife with partisan finger-pointing.
Friday morning, on
CBS’s “The Early Show,” Representative Barney Frank of Massachusetts, the lead Democratic negotiator, said the bailout had been derailed by internal Republican politics.
“I didn’t know I was going to be the referee for an internal
G.O.P. ideological civil war,” Mr. Frank said, according to The A.P.Thursday, in the Roosevelt Room after the session, the Treasury secretary, Henry M. Paulson Jr., literally bent down on one knee as he pleaded with Nancy Pelosi, the House Speaker, not to “blow it up” by withdrawing her party’s support for the package over what Ms. Pelosi derided as a Republican betrayal.
“I didn’t know you were Catholic,” Ms. Pelosi said, a wry reference to Mr. Paulson’s kneeling, according to someone who observed the exchange. She went on: “It’s not me blowing this up, it’s the Republicans.”
Mr. Paulson sighed. “I know. I know.”

O DIABO NOS DETALHES

The Deal

With the biggest gun at their heads imaginable -- an economic meltdown just five weeks before many of them are up for reelection -- members of Congress have just about agreed to the terms of the mother of all bailouts. They've also agreed to press two conditions -- limits on executive salaries, and some sort of public ownership proportional to the risks taxpayers are taking on. But the devil is in the details. From what I've heard, the kinds of limits being discussed could easily be cosmetic, such as limits on golden parachutes or limits on net increases in direct salaries during the duration of the bailout. Public equity could also vaporize into conditional warrants, giving taxpayers (and the Treasury) the option to cash in on certain classes of stock or applying only where firms get direct government aid rather than where they fob off their bad debts on the public. There will be some skirmishing over whether homeowners in danger of losing their homes should be given some breaks, but here too it's important to watch the details. Wall Street doesn't want any provision that allows distressed homeowners to wiggle out of their mortgage obligations, even though Wall Street is wiggling out of its own bad debts. Congress knows the public is furious. That's why it's insisting on the above-mentioned provisions. But Congress and the Administration, and Wall Street, also know that the public -- and the media -- can easily be hoodwinked into believing that certain limits and protections have been built into the deal when, on closer inspection, they haven't. Wall Street is masterful at creating the appearances of value when there's no value there, and many of our representatives in Congress are well-versed in the art of creating the appearances of public gains when the gains are mostly private. So the media has to dig hard and look at the details of this deal. Meanwhile, when no one was looking, American automakers are on the way to getting their own sweetheart deal from Congress -- billions, ostensibly to convert to more fuel-efficient cars. On a much smaller scale, this bailout is almost as outrageuos as Wall Street's. Detroit has known for years that it would eventually have to create fuel-efficient cars, but it kept producing SUVs and trucks because that was where the profits were. Japanese automakers in the US did the right thing, took the risk, made the investments in fuel-efficient technologies. But they're not getting bailed out. In just a few weeks, capitalism has been turned upside down. The underlying question here, as with trickle-down tax policy, is whether any of this ultimately helps Main Street.

AINDA LIBERAIS, POR ENQUANTO

Já era esperado: alguns republicanos iriam fazer prova de fé no sistema de liberalismo sem freios que eles proclamaram indestrutível pelas manhas dos homens, durante as últimas décadas. Enganaram-se, mas como qualquer crente fanático dos dogmas que os inspiraram e enriqueceram de forma e medida escandalosas, não podem, por razões daquela coerência que reveste os fanatismo e os abusos, darem o acordo, sem recalcitrarem, a propostas de subversão tão evidente da sua doutrina. Mas também não têm alternativas que sustenham o desastre, a ganhar dimensões de cataclismo global de forma galopante. Preferirão também eles, à semelhança dos teóricos que não ganharam cheta que se visse com as suas convicções, que o edifício se desmorone completamente sobre os seus interesses? Não é credível.
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É uma questão de pouco tempo: Mais hora menos hora, contrariados, subscreverão o papel.

FANTASIAS LUNARES



Explanation: On September 7th, the first quarter Moon and passing clouds contributed to a dramatic night sky over the Byurakan Astrophysical Observatory. This panoramic view begins at the left looking toward the eastern horizon and the rising stars of the constellation Perseus. Sweeping your gaze to the right (south), you'll find the large observatory dome, housing a 2.6 meter diameter telescope, backlit by lights from nearby Yerevan, capital city of Armenia. Fittingly poised above the observatory dome is the bright, giant star Enif in the high-flying constellation Pegasus. Farther to the right, the brightest celestial beacon just above the clouds is our Solar System's ruling gas giant Jupiter. At the far right, the Moon is nearly hidden by an approaching cloudbank, but the clouds themselves actually cast shadows in the bright moonlight, creating the effect of Moon rays across the evening sky.

Thursday, September 25, 2008

OBAMA MOMENT 2


Today's Polls, 9/25
Yesterday, we talked about all of the noise in the recent state-by-state results. With perhaps a couple of dozen polls coming out each day, from firms with radically different views about how to model turnout, and in regions of the country that are each reacting slightly differently to the post-convention environment, there are bound to be results that cause some cognitive dissonance.Underlying all of this, however, is a high degree of near-term stability in the race. For each of the past six days, our daily point estimate -- formed from making inferences based on all the national and state polls that are released on a given day -- have shown Barack Obama with a national lead of between 2 and 3 points. This is what is represented by the big cluster of dots you see at the right endpoint of our supertracker chart:The big takeaway, naturally, is not to get too hyped up about any one individual result. Rasmussen has Barack Obama 2 points ahead in North Carolina? Good for him. Gallup had John McCain draw back into a tie in their daily tracker? Good for him. The polls can actually be more difficult to read when a race is (relatively) stable than when it's shifting toward one or another candidate. But you throw everything into a blender, and the race is pretty much at a point of equilibrium -- which, of course, will probably be ruined tomorrow if and when we have the opening debate in Mississippi.State polls, which I'm just going to touch upon briefly today:The best results for John McCain and Barack Obama are the polls in Maine and North Carolina, respectively. The North Carolina number really shouldn't be all that shocking. The state had been stuck on about a 3-point McCain lead for months, but with the Obama campaign having worked the state harder than McCain, it's not surprising that we finally had a poll that showed him with a lead there. Still, the model is hedging on considering the state a true toss-up because of that McCain +20 poll from SurveyUSA, and the McCain +17 from Research 2000, each of which came out a couple of weeks ago. If SurveyUSA and R2K resurvey North Carolina and give Obama a better number, he will gain ground fairly quickly. Until then, caution is warranted. One other thing to keep in mind -- North Carolina is a big retail banking center, so the candidates' positions to the bailout may get extra scrutiny here.SurveyUSA gives Barack Obama a relatively narrow 5-point lead in Maine, making this the second consecutive poll -- along with Rasmussen -- to show the state in the mid-single digits. Usually this is the point of the campaign where the candidates start to consolidate their number of states, but there's an argument that McCain ought to send Sarah Palin out there, particularly to ME-2, where her backwoodsy charm could play well (Maine awards one electoral vote to the winner of each district). With that said, SurveyUSA revealed nearly identical results between the first and second districts, and they have usually voted very similarly in the past. Like many campaign decisions, this one will probably be dictated by McCain's internal polling.Finally, Pennsylvania and Michigan appear to be drifting past one another like slowly-moving tectonic plates. While Pennsylvania had appeared to be a stronger state for Obama for most of the cycle, we now have it projecting as an Obama +4.1, to Michigan's Obama +5.3. If an election were held today, Obama would almost certainly win both -- but if things tighten again, Pennsylvania rather than Michigan may be the focal point.
There's More...

QUEM TRAMOU O ZÉ COMUNA



No mesmo dia em que George W. Bush pede ao Congresso que aprove a sua proposta de intervenção nos mercados financeiros, mobilizando para essa intervenção setecentos mil milhões de dólares, o PCP divulga no "Avante" as teses a apresentar ao XVIII Congresso do partido, sendo a mais saliente, ainda que nada original, a imputação da derrota do socialismo na URSS à "traição de altos responsáveis do partido e do Estado".
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Para além da ocasional coincidência temporal dos dois comunicados, há uma coincidência significativa: Em ambos os casos a responsabilidade dos desastres não pode senão imputar-se à ganância de quem os provocou. Mas há também uma enorme diferença: com maiores ou menores custos, o sistema que fundamentalmente assenta na livre iniciativa e na economia de mercado, sobreviverá; o socialismo experimentado na URSS implodiu irremediavelmente.
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É na discussão de quem deve suportar os custos decorrentes da intervenção proposta por Bush que poderá atear-se o confronto entre republicanos e democratas em vésperas de eleições presidenciais num assunto que, quanto aos seus propósitos, não parece permitir divergências. Em última instância, será a próxima administração a gerir a responsabilização daqueles que provocaram a crise que ameaça a economia norte-americana e, por repercussão inevitável, a economia mundial.
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Aqueles que trairam o "socialismo" sairam pela esquerda baixa deixando o Zé Comuna perdido no meio dos escombros.
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PCP fala em “traição de dirigentes” na derrota da URSS
São José Almeida

A “traição de altos responsáveis do partido e do Estado” é um dos motivos apontados para a “derrota” do socialismo na União Soviética de acordo com as Teses ao XVIII Congresso do PCP que hoje são divulgadas com o jornal partidário “Avante!”.Em fase de discussão, para posterior aprovação pelo congresso, e susceptíveis de sofrer alterações, as Teses afirmam a necessidade e a certeza de que o futuro passa pelo socialismo e pelo comunismo. É nesse âmbito que é abordada a análise do que se passou nas décadas de 80 e 90 na União Soviética e nos países de Leste, que levou ao que a direcção do PCP caracteriza como “derrota” do socialismo.Assim, no ponto O socialismo, alternativa necessária e possível pode ler-se, na página 15: “Perante os complexos problemas que se manifestaram na construção do socialismo na URSS, assim como noutros países do Leste da Europa, o PCP expressou compreensão e solidariedade para com os esforços e orientações que proclamavam visar a sua superação, alertando simultaneamente para o desenvolvimento de forças anti-socialistas e para a escalada de ingerências imperialistas, confiando em que existiam forças capazes de defender o poder e as conquistas dos trabalhadores e promover a necessária renovação socialista da sociedade. Mas certas medidas tomadas agravaram os problemas ao ponto de provocar uma crise geral. O abandono de posições de classe e de uma estreita ligação com os trabalhadores, a claudicação diante das pressões e chantagens do imperialismo, a penetração em profundidade da ideologia social-democrata, a rejeição do heróico património histórico dos comunistas, a traição de altos responsáveis do partido e do Estado, desorientaram e desarmaram os comunistas e as massas para a defesa do socialismo, possibilitando o rápido desenvolvimento e triunfo da contra-revolução com a reconstituição do capitalismo”.Considerando “a caminhada da humanidade para o socialismo e o comunismo sofreu profundos reveses no findar do século com a destruição da URSS e as derrotas do socialismo no Leste da Europa”, a direcção do PCP garante que o que foi derrotado não foram os ideais e o projecto comunistas, mas um 'modelo' historicamente configurado, que se afastou, e entrou mesmo em contradição com características fundamentais de uma sociedade socialista”.Refira-se que, na análise da situação internacional, as Teses dizem que “importante realidade do quadro internacional, nomeadamente pelo seu papel de resistência à 'nova ordem' imperialista, são os países que definem como orientação e objectivo a construção duma sociedade socialista - Cuba, China, Vietname, Laos e RDP da Coreia”.E sublinham que entre os partidos comunistas “continuam a desenvolver-se tendências revisionistas e reformistas envolvendo processos de degenerescência, autoliquidação e diluição em frentismos de 'esquerda', com o abandono das referências ideológicas e objectivos revolucionários que definem os comunistas como corrente revolucionária”.Garantido que “o Partido da Esquerda Europeia, que o PCP não integrou pela sua lógica supranacional e natureza ideológica, não só se confirmou como uma falsa resposta ao reconhecidamente do necessário reforço da cooperação das forças de esquerda anticapitalistas na Europa, como introduziu factores de divisão, afastamento e preconceito, que se manifestaram nomeadamente no Grupo da Esquerda Unitária Europeia/Esquerda Verde Nórdica no Parlamento Europeu.”
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Wednesday, September 24, 2008

NÃO


The Trail GOP presidential nominee says he will suspend campaigning, focus on bailout; Obama says it's more important than ever to have debate.
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Perante uma inesperada, supreendente, proposta de McCain, Obama respondeu naturalmente: o presidente do EUA, que ambos pretendem ser, tem de confrontar-se ao mesmo tempo com problemas complexos e diferenciados. Não pode um presidente suspender todas as suas preocupações para em exclusivo se dedicar a uma delas, por mais importante que ela seja.
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McCain quis capturar Obama para o seu terreno; Obama mostrou apenas que não é tão ingénuo como McCain parece ter pensado. Um episódio que irá certamente marcar a campanha até ao dia das eleições. Porque, ou McCain cede nos seus intentos e comparece no próximo debate. Ou prossegue e implicitamente reconhece que quer evitá-lo.

Sunday, September 21, 2008

A EXPECTATIVA DO NÃO ACONTECIMENTO

São as expectativas que comandam os comportamentos humanos.

São as suas presunções ou os seus receios relativamente ao dia de amanhã que levam as pessoas a escolher caminhos hoje. O homem, enquanto agente económico, decide em função das suas expectativas; em todas as suas dimensões sociológicas os seus comportamentos em cada momento tendem a adaptar-se ou a condicionar os acontecimentos futuros que imediata ou imediatamente o afectam ou podem vir afectar.
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A conformidade dos seus comportamentos com as leis que regulam as relações dos indivíduos em sociedade é julgada, em caso de transgressão, pelo poder judicial. Este julgamento, que é garantia da vivência em sociedade, gera a expectativa de sancionamento em caso de incumprimento e refreia-o.
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Quando a justiça não se realiza, porque se demite ou se enreda em processos sem fim, a expectativa do acontecimento dá lugar à expectativa do não acontecimento: os lesados resignam-se, os transgressores tomam o freio nos dentes, a confiança desmorona-se.
A expectativa do não acontecimento é o factor mais corrosivo da trave mestra do edifício democrático.
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Bombardeado diariamente com notícias de polícias a perseguir muitos transgressores, de colarinho branco ou de outra cor qualquer, a expectativa generalizada é de que apenas são sancionados alguns, geralmente os mais pobres.
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Relatório internacional divulgado hoje dá conta de pior posicionamento de Portugal (queda de três lugares relativamente ao ano passado) no ranking da corrupção. Porquê? Pois muito claramente poque nada acontece.

ASSIM, NÃO

Paul Krugman

I hate to say this, but looking at the plan as leaked, I have to say no deal. Not unless Treasury explains, very clearly, why this is supposed to work, other than through having taxpayers pay premium prices for lousy assets.
As I posted earlier today, it seems all too likely that a “fair price” for mortgage-related assets will still
leave much of the financial sector in trouble. And there’s nothing at all in the draft that says what happens next; although I do notice that there’s nothing in the plan requiring Treasury to pay a fair market price. So is the plan to pay premium prices to the most troubled institutions? Or is the hope that restoring liquidity will magically make the problem go away?
Here’s the thing: historically, financial system rescues have involved seizing the troubled institutions and guaranteeing their debts; only after that did the government try to repackage and sell their assets. The feds took over S&Ls first, protecting their depositors, then transferred their bad assets to the RTC. The Swedes took over troubled banks, again protecting their depositors, before transferring their assets to their equivalent institutions.
The Treasury plan, by contrast, looks like an attempt to restore confidence in the financial system — that is, convince creditors of troubled institutions that everything’s OK — simply by buying assets off these institutions. This will only work if the prices Treasury pays are much higher than current market prices;
that, in turn, can only be true either if this is mainly a liquidity problem — which seems doubtful — or if Treasury is going to be paying a huge premium, in effect throwing taxpayers’ money at the financial world.
And there’s no quid pro quo here — nothing that gives taxpayers a stake in the upside, nothing that ensures that the money is used to stabilize the system rather than reward the undeserving.
I hope I’m wrong about this. But let me say it again: Treasury needs to explain why this is supposed to work — not try to panic Congress into giving it a blank check. Otherwise, no deal.

A BATALHA DA FLÓRIDA

Obama Hopes to Reverse Party Fortunes in Vote-Rich Fla.

By Dan Balz

Barack Obama was wrapping up his remarks at a Friday night fundraiser here when he turned to the importance of Florida and its 27 electoral votes in his battle for the White House against Republican John McCain.
Obama expressed confidence overall about his prospects of prevailing in November, but then he reminded his audience that there are many ways to win the White House, some easier than others. "I'll tell you, we can win this thing without Florida," he said, "But, boy, it's a lot easier if we win Florida. If we win Florida, it is almost impossible for John McCain to win."
Obama's campaign is prepared to invest a huge amount of money to try to do what Vice President
Al Gore and Sen. John F. Kerry (Mass.) failed to do in the Sunshine State. His campaign sent out an e-mail appeal for contributions in the past week, noting provocatively that his budget for Florida alone is $39 million.

Saturday, September 20, 2008

A GRANDE CULPADA

E, de repente, toda a gente apontou o dedo acusador aos reguladores. Toda a gente, salvo os que atribuem as culpas ao sistema capitalista. Robert Reich, insuspeito de grande admiração pelo liberalismo económico, defende que a crise não decorre de uma falha de insolvência das instituições financeiras mas da perda de confiança (This isn't a crisis of solvency or liquidity; it's a crisis of trust). Claro que a crise foi despoletada pela falta de confiança mas são as razões dessa perda que importa analisar.
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A democracia sustenta-se em três pilares, que para lhe garantirem o equilíbrio necessário têm de ser independentes. Quando a conivência entre o poder político e o poder económico, decorrentes, entre outras causas, do financiamento das campanhas eleitorais, convida para a mesma cama (expressão de R. Reich) representantes do exectutivo e do legislativo, republicanos e democratas, e conta com a passividade do poder judicial, o desastre democrático é inevitável.
Lá, como cá, os reguladores nomeados pelo poder político, tendem a obedecer aos mesmos interesses.
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O escândalo Enron (o mais mediático dos que abanaram o primeiro mandato de Bush 2, sem lhe abalar a reeleição) há muito que se anunciava, antes de rebentar com estrondo, mas nada perturbou Wall Street. Impassíveis, os manipuladores continuaram o seu trabalho de engorda forçada dos porcos que lhes garantiam (e continuam em muitos caso a garantir) remunerações e prémios estratosféricos.
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As sub prime , empréstimos usurários, anunciados em cartazes toscos, para compra de casa nesse mesmo dia, eram o gato com rabo de fora que todos viam, pelos vistos não estranhavam, e de que a Justiça* não deu, não quis dar ou não pôde dar conta. Foi ela, e continuará a ser se nada for feito em contrário, a grande culpada desta e doutras crises que podem abalar o mundo e, muito pior que isso, comprometer irremediavelmente a democracia.
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Lá, como cá.
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* Justiça que não envolve apenas os juízes mas todos os agentes com responsabilidades executivas do cumprimento das leis.
Já depois de ter colocado este post, leio no caderno de economia do Expresso uma crónica de Saldanha Sanches caracturizando a impreparação dos juízes para lidarem com a criminalidade de colarinho branco. No caso caracturizado, com os crimes de um banqueiro, que se adivinha quem seja ainda que SS, naturalmente, não desvende.

OBAMA MOMENT

Today's Polls, 9/19
Let's not equivocate too much here. Over the course of the past several days, there has been a rather dramatic shift in this election toward Barack Obama. Our trendline estimate, which is engineered to be fairly conservative, registers the swing as equaling roughly 4 points over the course of the past week.Changes of this velocity are unusual outside of the convention periods and the debates, especially in close elections. It took John McCain about 60 days and tens of millions of advertising dollars to whittle Obama's lead down from roughly 5 points at its peak in early June, to the 1-point lead that Obama held heading into the conventions. Obama has swing the numbers that much in barely a week.Of course, we never really were entirely outside of gravitational field of the conventions, and probably at least half of this bounceback for Obama is merely the more-or-less inevitable consequence of McCain's convention bounce ending. But the fact is that Obama is in a stronger position now than he was immediately before the conventions. We now have him winning the election 71.5 percent of the time, which is about as high as that number has been all year.There are two reasons why that number is as high as it is. Firstly, we are more than halfway through the penultimate month of the campaign, so even relatively small leads are fairly meaningful. But secondly, Obama has developed a structural advantage in the Electoral College that is understated by the popular vote margin. If we break the election down into its four fundamental scenarios, it looks like this:62.5% Obama wins Popular Vote and Electoral College0.7% Obama wins Popular Vote, loses Electoral College27.8% McCain wins Popular Vote and Electoral College9.0% McCain wins Popular Vote, loses Electoral CollegeObama is roughly a 63/37 favorite to win the popular vote -- numbers that ought intuitively to look pretty reasonable for a candidate who holds a 2-point national lead fortysome days before the election. It's that 9 percent of the time he wins the Electoral College while losing the popular vote that make his 2-point lead much more robust. If the states maintain their positioning relative to one another -- and they may well not -- Obama probably has about a 1-point cushion in which he'll remain the favorite to win the Electoral College even while losing the popular vote.Transitioning to the state-level picture:The set of
Marist polls out today are certainly good ones for Barack Obama, particularly as both the Ohio and Pennsylvania numbers are several days old, taken before Obama's Lehman Leap had really taken hold. However, they need to be caveatted. The Marist polls do not have any particular partisan lean; somewhat infamously, they at one point gave McCain a 2-point lead over Obama in New York. But they simply are not very reliable, placing toward the bottom of our pollster ratings, and employing relatively small sample sizes. Still, we can probably conclude that the situation in Michigan looks quite good for Obama, and that Pennsylvania now represents McCain's most important offensive state.Iowa, where SurveyUSA gives Obama an 11-point lead, no longer appears to be in play. Three of the last four polls have shown a double-digit Obama lead, making yesterday's Big Ten poll, which showed a tie there, appear to be the odd poll out. If the McCain campaign wants to continue to spend resources in Iowa, a state where they have never led a single public poll against Obama, they do so at their own peril.Indiana, where both Rasmussen and ARG show a tight race, is one place where Obama appears to have gained ground in the post-convention period, somewhat contradicting the trend observed in other, traditionally red states. Although Obama can win Indiana, I still doubt that it's going to be close enough to the tipping point to warrant treatment as a first-tier swing state. (Could he win Indiana while losing Ohio? Probably not. And if he wins Ohio, he shouldn't need Indiana). With that said, no state in the country has a greater disparity in ground game resources, the effects of which are hard to measure. Obama will probably not win the election because of Indiana, but on the off-chance that he does, McCain's decision to blow off the state will instantly enter the Rudy Giuliani Memorial Electoral Hall of Shame.The fly in Obama's ointment is in Maine, where Ramsussen has Obama ahead by just 4 points. ARG's poll earlier this week, which had his margin at 10, also showed a tightening race there. Maine is an unusual state with a fair number of Perot Independents. In terms of its political culture, it probably has more in common with the Pacific Northwest -- another region where McCain's numbers have improved slightly -- than with the rest of New England.There is room for additional concern because Maine splits its electoral votes by Congressional District, and there is some thought that rural ME-2 may take well to Sarah Palin. However, ME-1 and ME-2 usually vote very similarly, and ME-2 is not entirely unlike Vermont, where Obama's polling has been quite strong. Also, Obama's campaign isn't about to be taken by surprise, boasting 12 field offices in Maine. For the time being, that one electoral vote in ME-2 is more one for Obama to monitor than one for him to lose sleep over.
There's More...

ECLIPSE NA MONGÓLIA



Explanation: For a moment on August 1st, the daytime sky grew dark along the path of a total solar eclipse. While watching the geocentric celestial event from Mongolia, photographer Miloslav Druckmuller recorded multiple images with two separate cameras as the Moon blocked the bright solar disk and darkened the sky. This final composition consists of 55 frames ranging in exposure time from 1/125 to 8 seconds. It spans nearly 12 degrees, with the relative position of the Moon and Sun corresponding to mid-eclipse. On the left is bright planet Mercury, but many stars are also visible, including the Praesepae star cluster (also known as M44 or the Beehive cluster) in Cancer, above and to the right of the silhouetted Moon. Remarkably, the nearly perfect conditions and wide range in individual exposures allow the composite picture to register the lunar surface and follow the delicate solar corona out to a distance of nearly 20 times the radius of the Sun. In fact, the composite presents a range in brightness beyond what the eye could see during the eclipse.

Friday, September 19, 2008

CRISE DE CONFIANÇA

The Coming Bailout of All Bailouts Bill: A Better Alternative
If you think the Bailout of All Bailouts (whose details will be worked out over the coming week) won't saddle American taxpayers with billions, if not trillions, of risky obligations, you don't know politics -- especially in an election year when members of Congress are eager to get home to campaign; when the incumbent lame-duck president (who was he?) has all but vanished, leaving his hapless Treasury Secretary, a former investment banker, to take the lead and the heat; when voters are in high anxiety over the economy and Wall Street is melting down; when the executives of every financial powerhouse in America have staked lots of money on campaigns in both parties and have indundated Washington with lobbyists. In other words, watch your wallets. The tab here could be very high. If everything goes extremely well, markets move upward, and the risky loans become far less risky, it's possible that taxpayers (that is, the Treasury) might actually make money. But if the bottom falls out, American taxpayers could be on the hook for trillions of dollars. What then? The federal debt soars. What then? Interest rates go out of sight. What then? Foreigners lend us less money. What then? We're cooked. Some Democrats will try to make the best of the emerging Bailout of All Bailouts Bill, seeking to tack a stimulus package on it. In my view, they'd be better advised to hold out for a different approach.Paulson is right that it makes sense to allow the big banks to wipe their balance sheets clean of as many bad loans as they can identify, and put them into a special agency that then sells them for as much as possible. The agency would bundle or unbundle the risky loans, slice and dice them as needed, with the goal of getting the most for them on world markets by creating a market for them. But there's no reason taxpayers need to be involved in this. Whether you call it a reorganization under bankruptcy or just a hellova fire sale, the process should resemble chapter 11 under bankruptcy. Any big financial institution that wants to clear its books can opt in. But the price for opting in is this: Investors in these institutions lose the value of their equity. Executives lose the value of their options, and their pay (and the pay of their directors) is sharply limited. All the money from the fire sale goes to making creditors as whole as possible. Meanwhile, policymakers work on a new set of regulations to ensure transparency on Wall Street -- governing disclosures, minimum capital requirements, avoidance of conflicts of interest, and better ensurance against stock manipulation -- so that, once the bad debts are off the books, the new numbers can be trusted.I repeat: This isn't a crisis of solvency or liquidity; it's a crisis of trust

O ECLIPSE - ANTONIONI


Thursday, September 18, 2008

QUANTO PIOR, MELHOR?

The Dow Rebounds
One of the nice things about being a Democrat with a stock portfolio is that your risks are fairly well hedged. If the market goes up, then you make money, and if the market goes down, then you're more likely to see a Democrat elected President.But seriously, folks.Does the stock market rally of the past two days benefit McCain? Maybe a little, but I doubt all that much. For one thing,
As I said yesterday, I'm not sure that Obama's bounce over the past couple of days has all that much to do with the economy. I think it also has to do with the electorate looking for an "excuse" to move past McCain's convention bounce, and also has to do with the faltering perceptions of Sarah Palin.Moreover, equity prices are just one small component of the economic picture. So too are relatively high unemployment, relatively high commodities prices (particularly for food and fuel), declining home prices (which won't be going back up any time soon), foreclosures, and difficulties in borrowing (which has still yet to fully penetrate into the retail sector). Investors who put money into the Dow a year or so ago have still lost a lot of money. And I would guess that consumer confidence is what economists would call "sticky upward" -- it tends to fall in big chunks when it falls, but recovers more slowly. And all of this is assuming, of course, that we are through the worst of the financial crisis, which is very much not a foregone conclusion.Besides, the collapse of Lehman Brothers and AIG was not so important unto itself. These are Wall Street companies, not Main Street Companies, and unless Americans hold their stock or have friends or family who work for them, their troubles probably did not hit home. But they gave Obama a reason, an excuse, to talk about the economy, which given the sluggish performance of other economic fundamentals, may have been all that he needed.

A CRÍTICA E O MISTÉRIO DA AGRICULTURA

tocar para ampliar

Caro J.,
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Teve o meu Amigo a gentileza de responder com algum detalhe ao comentário que coloquei ontem. Para não transcrever aqui o que está no seu post anterior, resumo que o Caro J. acha que ao cidadão comum não compete apresentar sugestões, assiste-lhe o direito de criticar.
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Não concordo.
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O direito à crítica é um direito de cidadania e um dos referenciais de uma sociedade democrática. Acontece que não há direitos sem obrigações. Pelo menos ao nível da responsabilidade que impende sobre a consciência cívica. Repare Caro J., que V. só pode criticar aquilo relativamente ao qual tem, ou estabelece, uma referência. Dito de outro modo, só é possível, honestamente, dizer que uma coisa está mal se quem diz souber, ou pensar que sabe, como a mesma coisa estaria bem, ou, pelo menos, melhor. E também deve quem critica ter uma ideia, pelo menos aproximada, da forma como pensa que possa ser percorrida a distância que vai da situação má para a situação boa.
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A vivência democrática é isso mesmo: a discussão pública dos problemas e das soluções. Claro que não temos todos os dados que os governantes dispõem, ou é suposto disporem, mas a discussão para além da crítica irresponsável, porque daí não passa, obrigará a uma cada vez maior transparência entre a sociedade e os governantes. Podemos errar? Erraremos certamente muitas vezes nos nossos pressupostos. Mas se ao errar provocarmos o esclarecimento, ficaremos mais habilitados para a próxima.
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Aliás, V. hoje até arrisca na parte final uma sugestão:"Se os industriais têm que pagar para produzir CO2 porque razão os que asseguram a continuação da floresta que elimina esse CO2 nada recebem?"É uma sugestão pertinente, do meu ponto de vista. Será exequível?

A agricultura na Suíça faz daquele país um jardim por toda a parte. Mas custa cerca de 90% dos custos totais de produção ao Estado. Que é rico. Neste, como em muitos casos, o problema são as opções, ou as prioridades, conforme lhes queira chamar.
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Por mim voto na protecção a uma agricultura moderna, ecológica quanto possível, dimensionada de forma a garantir níveis de produtividade e qualidade minimamente competitivas.Mas (há sempre um mas) para que esse objectivo fosse alcançado o ministério da agricultura deveria sofrer uma remodelação completa.
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V. é filho de pescador. Eu sou filho de agricultor. Alguma vez alguém do ministério apareceu por lá a promover a habilitação dos pescadores? Nos meus sítios nunca os vi, e continuo a não ver nenhum. Ora isto precisa de ser dito: Ponha lá V. o ministro que puser, se ele não varrer o ministério de alto a baixo nunca mais terá a casa limpa.E nós continuaremos a não perceber para que serve o ministério da agricultura.
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Além de negociar com Bruxelas, claro.

QUASE COMO O SOL


Explanation: Located just 500 light-years away toward the constellation Scorpius, this star is only slightly less massive and a little cooler than the Sun. But it is much younger, a few million years old compared to the middle-aged Sun's 5 billion years. This sharp infrared image shows the young star has a likely companion positioned above and left - a hot planet with about 8 times the mass of Jupiter, orbiting a whopping 330 times the Earth-Sun distance from its parent star. The young planetary companion is still hot and relatively bright in infrared light due to the heat generated during its formation by gravitational contraction. In fact, such newborn planets are easier to detect before they age and cool, becoming much fainter. Though over 300 extrasolar planets have been found using other techniques, this picture likely represents the first direct image of a planet belonging to a star similar to the Sun.

O PÂNICO E A CIDADE

Fear Factor
By Daniel PolitiPosted Thursday,
Widely reported hopes that the bailout of American International Group was going to lead to a market rally went out the window yesterday morning with the opening bell as stocks plunged, credit markets seized up, and investors around the world scrambled to put their money into safe government bonds and gold. In short, it seems investors decided that it's officially Time To Panic. Knowing full well that casual readers might chalk up this latest development as simply another in a string of bad days in Wall Street, the papers make sure to emphasize that if you were worried yesterday, you should be terrified today. Right off the bat, the New York Times warns that the "financial crisis entered a potentially dangerous new phase" and the Washington Post says Wednesday was "one of the most tumultuous days ever for financial markets." The Dow Jones industrial average dropped almost 450 points, or 4 percent. Investors were so panicked as they rushed to sink their money into U.S. government debt, which is considered the safest investment, that at one point yesterday they "were willing to pay more for one-month Treasurys than they could expect to get back," reports the Wall Street Journal. "That's never happened before." Investors were also eager to snap up gold, which has always been considered a safe haven during turbulent times, that its price increased by more than $70, which the Los Angeles Times calls "its biggest one-day gain ever in dollar terms." Meanwhile, the average American might not understand the ins and outs of the crisis but they still "know that something's wrong," says USA Today, which reports on a new poll that shows 23 percent of adults think the economy is in a depression. That's nearly double the number of people who thought so in February. To continue reading, click here.Daniel Politi writes "Today's Papers" for Slate. He can be reached at todayspapers@slate.com.

ACELERADOR DA HUMANIDADE

Dizer que o engenho humano e a competição global aumentam o número e a diversidade dos produtos e serviços disponíveis é dizer o óbvio. Dizer que a competição e o engenho aumentam a produtividade e esta promove a dispensa de pessoas, continua a ser evidente. Já será menos evidente que a capacidade de consumo de uma sociedade desenvolvida é inferior à sua capacidade de produção: a primeira é limitada pelo tempo (o número de refeições diárias), a outra é apenas limitada pelos recursos materiais (a capacidade de produção de refeições pode crescer facilmente para o dobro, no mesmo intervalo de tempo, se não houver ruptura no abastecimento de gás, por exemplo).
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Assim sendo, ao aumento de produtividade corresponde, necessariamente a redução das ofertas de emprego num sector. A capacidade de trabalho disponível no sector que se tornou mais produtivo pode, no entanto, encontrar emprego noutro sector produtor de novos bens ou serviços, que a sociedade, mais rica porque mais produtiva, consumirá. É o efeito virtuoso da produtividade.
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O efeito destrutivo do trabalho ocorre quando a capacidade (restrita) de absorção (de consumo) não consegue acompanhar a capacidade (excessiva) da oferta. Daí a tendência para o fim do trabalho e a emergência de uma sociedade futura muito diferente.
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Ocorreram-me esta manhã, mais uma vez, estas caturrices antigas quando ouvi na Antena 1 as conclusões de um trabalho acerca das capacidades "multitask" da juventude: a sua habilidade para, ao mesmo tempo, desenvolver várias tarefas (ver televisão, blogar e dialogar em SMS, por exemplo).
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O excesso da oferta sobre a capacidade de consumo tinha, até agora, provocado uma tendência crescente para o desperdício (compra-se o que nunca se usa, se lê, se ouve), para a aceleração da utilização (viagens em contínuo), para a sobrepose (várias viaturas, várias casas). Agora surge o vício "multitask": a rotação no espaço e no tempo sem sair do mesmo sítio. Mas também a "multitask" tem limites. Nunca os meninos de hoje e os de amanhã conseguirão abarcar mais do que três ou quatro pontos de interactividade em simultâneo. E, se conseguirem, o que é que ganharão com isso?
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Que sabor tem a maçã sem tempo para se regalar com as papilas gustativas?

O VOO DOS PORCOS


Hirst's Pigs May Not Fly as Crisis Investment

Martin Gayford
Sept. 18 (Bloomberg) -- While the world's financial system totters, the shrewd money seems to be pouring into pickled unicorns and winged pigs. It is a striking and thought-provoking fact that on the same day that Lehman Brothers Holdings Inc. collapsed, the first session of Damien Hirst's two-day auction at Sotheby's, London, took off like a rocket.
The whole affair exceeded estimates by fetching 111.5 million pounds ($199 million). We seem to be living in apocalyptic times just now -- thronged with sinister horsemen and seven-headed beasts -- so what do these strange creations of Hirst's portend?
Could this be Armageddon for a powerful section of the art market, namely the dealers, who appear to have been cut right out of the loop? Will the future be full of mega-sales of brand new art passing straight from the studio to the sale-room? Are the great galleries such as those of London's Hoxton and Soho doomed like the woolly mammoths of old to extinction?
The probable answer is ``no.'' Far from such auctions being the art-sales model of the future, it seems quite likely that there'll never be another one ever again. No other artist fulfills quite the same conditions as Hirst.
True, there are some who command similarly stratospheric prices and levels of fame.
Lucian Freud, for example, is still -- even after this week's bonanza at Sotheby's -- the living artist whose work has reached the highest sum at auction, with his $33.6 million nude, ``Benefits Supervisor Sleeping.''
Blue Scarf
Still, each of Freud's pictures represents many hours of personal effort (as I found when I modeled for his ``Man With Blue Scarf''). A sale of recent work by Freud might contain, say, half a dozen works rather than two hundred plus. That wouldn't be the same.
Jeff Koons is the only other artist who both uses teams of assistants -- like Hirst -- and whose work is similarly expensive. Somehow, I can't see him following suit. One of these mega- auctions is an event; two might risk being boring. In fact -- though I may be wrong -- I doubt even Hirst will do this again.
He is unique in his panache and the fertility of his ideas. In fact, I suspect that the auction might have been a solution to the problem of his hyper-productivity. A few years ago, Hirst said this to me:
``I was in my studio yesterday thinking, Jesus Christ, will you give it a rest? There's this over-load of creativity. You think, who is this person? In a gallery, there is an artwork in a big white space. But in the studio there are 40 or 50 things piled up on top of each other. You think, who is this guy? He's insane.''
Well, the last two days have seen a considerable clear-out chez Hirst. I couldn't help feeling he would have done better to have kept some of those pieces at home. While there was some strong work on show at Sotheby's, there was also repetition, self-parody -- and just too much stuff.
Of course, in his current period, probably to be dubbed by future art historians his ``plutocratic period,'' Hirst uses quantities of gold and platinum. Still, I am not sure that his new work is the 21st-century successor to bullion under the mattress: a wise investment in turbulent times.
(
Martin Gayford is a critic for Bloomberg News. The opinions expressed are his own.)