Para quem se recorde do título da obra de Jean Jacques Servan Schreiber de há meio século atrás, o desafio americano de hoje que este artigo publicado hoje no Washington Post me sugeriu é exagerado. JJSS tinha fundado o semanário L´Express em 1953, dez anos depois publicaria "Le défi américain", que iria estremecer o nacionalismo francófono e vender 600 mil exemplares. Dez anos mais tarde, apareceria em Portugal o "Expresso". Na década de 80, publicou "Le défi mondial", que por ser mais prospectivo e abrangente não teve o impacto na opinião pública que "Le défi américain" tinha provocado, ainda que tenha antecipado a emergência da Ásia no contexto económico mundial numa época em que o Japão lhe poderia ter sugerido outro título mais apelativo.
Hoje, que desafio se coloca, não apenas à França de JJSS mas à União Europeia de que o seu hexágono faz parte? O desafio chinês? O desafio asiático? A espantosa ascensão do Japão depois de saradas as extensas feridas da guerra, suturadas em grande medida com a ajuda norte-americana, perdeu fulgor e no final da década de 90. Bill Emmott, que foi jornalista no "Economist" afirmava em 1990, em "The Sun also sets" "porque é que o Japão não será o número um". E não foi. Se confiarmos nos pressupostos de Emmott, concluiremos que, depois da rotação do mundo económico, o desafio americano voltará a emergir no horizonte.
A Europa, feita de uma diversidade cultural que lhe deu esplendor cultural e grandeza económica mas parece condená-la a um confronto permanente por ausência de um sentimento de pertença comum a uma realidade agregadora dos seus diferentes percursos históricos, está perante um dilema que a inibe de olhar sequer para qualquer desafio que se situe para lá dos seus múltiplos umbigos. Americano ou chinês, indiano ou brasileiro, russo ou qualquer outro, o ensimesmamento da Europa parece não se aperceber dos desafios do mundo, que não vai parar à espera que ela se liberte da teia em que a enredaram as irresponsabilidades dos banqueiros.
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Correl:
The ECB will come under pressure in the currency wars
Eurozone banking is deeply flawed
Ganhos com a dívida portuguesa terão proporcionado ao BPI lucros de 233 milhões de euros em 2012.
Querido BanifThe ECB will come under pressure in the currency wars
Eurozone banking is deeply flawed
Ganhos com a dívida portuguesa terão proporcionado ao BPI lucros de 233 milhões de euros em 2012.
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La banque d´abord!
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