Monday, January 21, 2013

OBAMA DAY

A inauguração do segundo mandato de Obama é a notícia do dia.
Nenhuma tomada de posse de qualquer outro governante do mundo tem o impacto mediático, aproximado sequer, da Inauguration do mandato do presidente dos Estados Unidos da América. Com Obama, o mais improvável presidente à nascença, mesmo nos EUA, esse mediatismo multiplicou-se há quatro anos com a personalidade de Barack Hussein Obama, (num tempo em que o maior inimigo da América era Osama bin Laden, e Saddam Hussein tinha sido apeado em Baghdad) embalado no crescimento exponencial que os meios de comunicação observaram nas últimas décadas.

Hoje, repetiu-se a pompa e circunstância, celebrando uma tradição que tem o seu ponto máximo mais popular na parada desde o Capitólio à Casa Branca, através da Constitution Ave. e Pennsylvania Ave., por entre os edifícios governamentais de revivalismo  clássico, e é óbvia a comparação com os desfiles dos triunfadores na Roma Antiga, vd aqui.

Os presidentes dos Estados Unidos da América não dispõem do poder de decisão que a imagem do "homem mais poderoso do planeta" incute no imaginário comum. Mas também não é verdade, como ouvi esta tarde a um conhecido comentador político na Sic Notícias, que, não tendo o presidente dos EUA qualquer poder legislativo, a sua capacidade de mudar o stato quo é nula porque é ao Congresso (Câmara dos Representantes e Senado) que compete decidir o que o presidente pode e deve fazer.

Se assim fosse, não teria havido, por exemplo, alterações no sistema de segurança social e o novo teto da dívida não teria sido, implicitamente, aprovado pela maioria republicana na Câmara de Representantes. O presidente dos EUA tem poderes limitados pelas maiorias no Congresso mas é o responsável máximo do governo federal e, enqunto tal, tem um poder de intervenção que fazem dele realmente "o homem mais poderoso do planeta".

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